(Foto: Chico Bezerra/CB Imagem) No debate entre os candidatos a prefeito do Recife promovido pelo Inest, na noite da última segunda-feira (27), o candidato Mendonça Filho (DEM) fez um desafio a Humberto Costa (PT): mostrar dados relativos à coleta do lixo nas últimas gestões da cidade.

E ainda sobrou farpa para Geraldo Julio (PSB).

A proposta foi motivada por um comentário do petista sobre um pretenso lapso de 40% na coleta de lixo do Recife durante a gestão Roberto Magalhães (1997-2000). “Eu desafio Humberto a me mostrar que áreas da cidade eram essas que não tinham coleta, pois isso de forma alguma corresponde à verdade.

Se quase metade do lixo da cidade não fosse coletado isso seria visível e haveria o caos nas ruas.

Isso nunca aconteceu, diferentemente do que foi visto no auge da crise do lixo do início do governo João da Costa, quando a cidade foi tomada por todo tipo de dejetos e sujeira”, disse Mendonça, propondo que Humberto entregue os dados até 10h de amanhã.

Mendonça ainda afirmou que durante os últimos quatro anos da “gestão PT-PSB” o valor do contrato do lixo foi aumentado em 80% enquanto a coleta teve redução em vários bairros, passando a não ser mais diária. “Ao contrário do que falou Humberto, o contrato não está nos conformes: foi feito com dispensa de licitação e está sendo questionado pelo Tribunal de Contas.

Existem inclusive muitas coisas que nunca foram explicadas à sociedade nesse episódio, e que seria interessante que viessem à tona.

A minha gestão vai começar com uma total revisão da política de resíduos: desde os contratos, passando pela coleta e chegando à destinação do lixo.” A ausência no debate do candidato do PSB, Geraldo Júlio, foi foi atacada por Mendonça. “Tenho divergências sérias com Humberto, mas o respeito porque ele está aqui e estamos debatendo democraticamente.

O que a gente não pode aceitar é a ausência de alguém sem qualquer história política e que, sacado de um colete, quer vencer a eleição na base do poder econômico e do apadrinhamento.

O Recife já passou por isso quatro anos atrás e a gente sabe no que deu.”