Foto: reprodução da internet Em um voto longo, o ministro Luis Fux, quarto a votar no julgamento do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (27), condenou o deputado federal João Paulo Cunha, o empresário Marcos Valério e seus ex-sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, além do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva.

Rosa Weber segue praticamente todo voto de Joaquim Barbosa e condena Marcos Valério e João Paulo Cunha Joaquim Barbosa vota pela condenação de quatro réus Mensalão: Lewandowski absolve João Paulo Cunha das quatro acusações Com a decisão de que o julgamento seria “fatiado”, ou seja, votado em blocos de acusação, está sendo apreciado o contrato da Câmara dos Deputado - da qual João Paulo Cunha era presidente - com a agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério. “Fui convencido pelo voto do relator.

Houve prova robusta de que ocorreram reuniões antecedentes, subsequentes, pessoas envolvidas nesse fato frequentavam o gabinete do parlamentar”, destacou, exaltando as provas apresentadas pelo ministro Joaquim Barbosa, que também condenou João Paulo Cunha.

Fux seguiu na íntegra o voto do colega. “Não há dúvida em relação aos desvios”, disse.

Assim como Barbosa, o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, e a ministra Rosa Weber - terceira a votar -, Fux absolveu o ex-ministro Luiz Gushiken, acusado de peculato, por falta de provas.

No início do seu voto, Fux destacou os prejuízos da corrupção e da lavagem de dinheiro para a sociedade. “Se estamos preocupados com a dignidade dos réus, também temos que nos preocupar com a dignidade da vítima, que é toda a coletividade brasileira”.