Caro Jamildo, É com muita indignação que, como cidadão, eleitor e servidor público do Recife, me reporto ao seu blog com a finalidade de expressar a minha decepção e de muitos cidadãos recifenses, principalmente os oriundos das camadas mais pobres da cidade, com a postura deselegante, desrespeitosa e algumas vezes até mentirosa com que o candidato a prefeito, o Sr.

Daniel Coelho, tem insistentemente se pronunciado com relação ao maior programa de participação popular na história do Recife.

O processo de participação no Recife mudou e continua mudando a face de muitas comunidades espalhadas por todos os cantos da nossa querida cidade, onde, se nos referirmos apenas à gestão do prefeito João da Costa, são mais de 4.000 obras viabilizadas num total de mais de 600.000,00 (seiscentos milhões de reais) de investimentos e participação de mais 400.000 (quatrocentos mil) cidadãos recifenses com a contribuição de milhares de delegados e delegadas eleitos democraticamente.

O Orçamento Participativo do Recife é reconhecido por vários organismos nacionais como: Fundação Getúlio Vargas, Rede Brasileira de Orçamento Participativo e internacionais tais como: Observatório Internacional de Democracia Participativa-OIDP, Fundação Bertellsmann e Initiative Prodialog.O OP mudou a forma da relação política do poder público com a sociedade, consolidando-se como um importante instrumento de co-gestão de planejamento urbano e não apenas, como alguns mal informados ou mal intencionados politicamente tentam resumi-lo, como um mero espaço apontador de demandas.

Por meio das plenárias e dos fóruns do Orçamento Participativo, o Recife discute temas relevantes para os cidadãos e cidadãs.

São nas plenárias e nos fóruns temáticos que as questões dos negros e negras, das mulheres, dos gays e lésbicas, do meio ambiente, da educação, da saúde, da juventude, do turismo, dos direitos humanos, da assistência social, da cultura, do desenvolvimento econômico, dos idosos, das pessoas com deficiência são debatidas possibilitando a formulação de políticas públicas que têm sido fundamentais para a ampliação da inclusão social e da consolidação da democracia participativa na cidade.

Opinar e contribuir para o avanço do debate democrático e da mudança na qualidade de vida dos recifenses requer responsabilidade, compromisso e história.

Nesse contexto se faz importante que o Sr.

Daniel Coelho nos aponte pelo menos uma experiência de processo democrático em governos do PSDB, partido pelo qual disputa o cargo de prefeito do Recife, que chegue pelo menos perto dos números proporcionais ou absolutos comprovados no OP Recife e, principalmente, na real melhoria da qualidade de vida de milhares de cidadãos e cidadãs.

Augusto Miranda Secretário de Coordenação Política de Governo e ex coordenador do Orçamento Participativo