A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) vem a público repudiar as demissões de trabalhadores nas obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e Petroquímica Suape (PQS), iniciadas na segunda-feira (20).

Sem prévia notificação, centenas de trabalhadores da obra da Refinaria Abreu e Lima foram surpreendidos após 20 dias de greve, com a informação de que estavam demitidos por justa causa.

O primeiro consórcio a realizar demissões foi o Ipojuca Interligações, que surpreendeu seus funcionários na entrada da Rnest, segunda-feira (20), com cerca de 100 dispensas por justa causa.

Terça (21), o dia foi de novos desligamentos.

O Consórcio Conest informou que demitiu 22 funcionários por justa causa.

Na PQS, a assessoria de comunicação informou que também foram dispensados 22 trabalhadores por justa causa.

A lista de demissões também se estende a Galvão Engenharia e Alusa.

Na Galvão, a informação é que 50 operários foram desligados.

Não há um número preciso de demitidos, em função do grande número de consórcios responsáveis pela construção da Refinaria Abreu e Lima.

Lamentável e vergonhoso.

A atitude é, sem dúvida alguma, uma retaliação das empresas contra a greve que se prolongou por mais de 20 dias nas obras da Rnest e Petroquímica Suape.

Consideramos que as demissões são absurdas, descabidas e arbitrárias.

Reiteramos a necessidade de que todos os financiamentos públicos sejam acompanhados por contrapartidas sociais, garantindo empregos, salários e direitos, uma vez que parcela considerável dos empreendimentos bancados pelo BNDES, estão marcados pelo desrespeito aos direitos mais elementares dos trabalhadores.

Somos contrários a devalorização do trabalho e do trabalhador, da precarização das condições e relações de trabalho e do desrespeito a direitos em nome da redução de custos com mão de obra e de uma suposta competitividade por parte das empresas.

O movimento sindical cutista apoia de forma irrestrita a luta dos trabalhadores de Suape, por melhores condições de trabalho, remuneração digna, respeito e valorização profissional.

Juntos somos fortes nesta luta!