Foto: NE10 O rompimento entre o PT e o PSB nesta eleição para prefeito do Recife foi o protagonista do primeiro debate realizado exclusivamente para a internet pelo portal NE10, na tarde desta quinta-feira (23).
Os candidatos Humberto Costa (PT) e Geraldo Julio (PSB) polarizaram as discussões e trocaram ataques mútuos.
Logo na primeira rodada de perguntas, os adversários deixaram a bandeira branca de lado.
Humberto acusou Geraldo de não conhecer o Projeto de Revitalização e/ou Implantação de Área Verde (PRAV) e, na resposta, o socialista afirmou que Humberto foi o segundo pior secretário de Saúde em 2001 e 2002, segundo ranking da época.
Debate no NE10 expõe definitivamente racha e contradições nos palanques de esquerda do Recife Ataques entre Humberto e Geraldo esquentam debate do portal NE10 já no primeiro bloco Apresentação de propostas e troca de farpas marcam segundo bloco do debate NE10 Terceiro bloco de debate marcado por nova troca de ataques entre Humberto e Geraldo.
Daniel também ataca Para vender o peixe, Daniel se coloca como o novo, Mendonça o revolucionário, Humberto o experiente e Geraldo o ativista Com as perguntas de internautas, o segundo bloco foi menos ofensivo, abrindo espaço para os candidatos apresentarem suas propostas.
Entretanto, no terceiro, com os questionamentos dos jornalistas, as trocas de acusações entraram em cena novamente.
Humberto e Geraldo fugiram das perguntas para continuar a troca de farpas.
O petista aproveitou uma das respostas para dizer que Geraldo “é mal informado” e mentiu ao dizer que ele foi avaliado como o segundo pior secretário de Saúde.
Geraldo reafirmou suas críticas. “Está registrado no Datafolha.
Ele não inaugurou nada aqui em dois anos e meio como ministro”.
Em outro momento, ambos exaltaram parcerias com os principais cabos eleitorais do adversário.
Geraldo citou o apoio da presidente Dilma para trazer investimentos ao Estado, chegou a elogiar o governo da petista e a sugerir uma comparação com ela. “A primeira eleição que Dilma disputou foi para presidente e está aí, fazendo um ótimo governo, aprovado pela população”, soltou.
Esta também é a primeira disputa majoritária dele.
Humberto, por sua vez, lembrou que já contou com o apoio do governador Eduardo Campos, padrinho político de Geraldo, e que tem interesse de retomar a aliança, caso seja eleito.
Humberto ainda tratou de citar os projetos que criou como secretário e ministro da Saúde, como o Samu e a Farmácia Popular, para desmentir o concorrente.
As assessorias de imprensa dos candidatos pediram direito de resposta, que foi negado pela assessoria jurídica do Sistema Jornal do Commercio (SJCC).
OPOSIÇÃO - Apesar de uma atuação secundária, os candidatos da oposição, Daniel Coelho (PSDB) e Mendonça (DEM), tentaram fazer jus ao seu grupo político e provocaram os adversários da situação.
No primeiro bloco, Daniel perguntou a Humberto quantas obras votadas pelo Orçamento Participativo (OP) - um dos principais programas dos 12 anos de gestão petista - foram concluídas.
Humberto desconversou, exaltou o projeto, mas no fim admitiu que não sabia o número.
Prato cheio para o tucano atacar: “são 501, Humberto.
E vou pagar o fiado que o PT deixou”.
Em outro momento, Daniel criticou o fato de o PSB ter ajudado Humberto a se eleger senador, aprová-lo como secretário e ministro da Saúde, e, agora, quebrar a aliança e “dizer que ele não presta”, nas palavras dele.
Já Mendonça, criticou o “blá, blá, blá”, nas palavras dele, do PT, que só saber prometer, mas não executa. “Recife está na 26ª posição na educação nacional.
Isto não é cuidar das pessoas”, disse certa hora.