Foto: BlogImagem O candidato do PT em Paulista, Sérgio Leite, negou, com todas as letras, no programa CBN Total, com Aldo Vilela, que não está escondendo o vice, Antônio Speck, do PTB, em sua campanha pela cidade.
O candidato usou a questão da competitividade para explicar a união com o antigo adversário, a quem teria até chamado de ladrão, o que nega. “A soma dos votos dele nos garante a vitória eleitoral, mas não é só isto.
Speck tem serviços prestados à cidade”, disse.
Curiosamente, no Recife, o PTB está associado a Eduardo Campos e não ao PT. “Todos diziam que eu iria ficar isolado, plantavam essas notícias quase todos os dias, mas eu juntei 12 partidos.
Só o PP terá 11 candidatos a vereador me apoiando.
Lula também precisou de muita gente (para finalmente eleger-se, após três tentativas)” Devolvendo a crítica que vem sendo feita pelos socialistas, no município, o petista acusou o adversário de esconder o apoio do prefeito, que teria índices não muito favoráveis de aceitação. “Apesar de esconder, Júnior Matuto é o candidato do prefeito.
A população não pode votar recebendo gato por lebre.
Querem passar em Paulista gato por lebre.
Um projeto que não deu certo.
Júnior Matuto deve assumir que representa o continuísmo de uma administração que não deu certo”, apelou.
Com 300 mil habitantes atualmente, a cidade gera uma receita mensal de cerca de R$ 15 milhões. “A bagunça administrativa é geral.
Vou organizar a gestão”, prometeu, apontando até mesmo a necessidade de construção de um novo centro administrativo, para substituir a prefeitura.
Na entrevista, Sérgio Leite usou até mesmo o nome do novo aliado para bater no atual prefeito, Yves Ribeiro, do PSB. “A gestão de Speck é melhor do que a atual gestão.
A saúde é ruim.
A conservação das ruas também.
O que estão pintando agora de ruas é por questão eleitoral.
A orla do Janga é outro exemplo.
Depois de oito anos sem manutenção, ela se acabou. É como uma casa, tem que ter manutenção”, afirmou.
Por falar em Yves Ribeiro, sem citar nomes, o candidato do PT reclamou de uso da máquina na campanha.
Citou até supostas ameaças de demissão de servidores não estáveis, com cargos comissionados, caso não ajudem o candidato do PSB. “Estão usando a máquina para ajudar o candidato.
Ele só não diz que é o candidato de Yves, apenas de Eduardo Campos”, cita.
Em relação a Eduardo Campos, o petista não revela nem demonstra, pelo menos publicamente, críticas ao governador, que vive uma guerra com o partido no Recife.
O petista conta que o governador liberou o uso de sua imagem pelo PT local, mas que ele não pretende usar para não ter problemas com o PT local.
Sérgio Leite elogiou o governador por não ter interferido, com alguma ingerência, na campanha local, mas disse que vai levar o presidente Lula na cidade, em setembro.
Preservando o governador de um embate direto, o candidato petista elogiou o trabalho na área de segurança, ao afirmar que o Estado fez a sua parte no Pacto pela Vida em Paulista.
Sérgio Leite acusa a gestão local por não ter implantado integralmente o chapado projeto governo presente, de combate à violência em áreas mais problemáticas socialmente.
O petista informou que iria gastar até R$ 2 milhões na campanha, mas afirma que está liso, que não está recebendo tantas contribuições como gostaria.
Na área de turismo, o petista prometeu estimular a atividade turística, especialmente na região de Maria Farinha.
Ele disse que a ponte que o governo do Estado está projetando, permitirá uma valorização da área, com a chegada de hotéis, barres e restaurantes. “Já há empresários internacionais prospectando a área”, informou.
Outra promessa apresentada diz respeito ao disciplinamento do transporte clandestino. “Estamos conversando com os kombeiros para incluí-los no sistema”, adiantou.
A cidade não faz nem parte do sistema de transporte da Região Metropolitana do Recife.
Os moradores, que pagam o anel B, são obrigados a dizer que moram em outros municípios, mais próximos do Recife, para não serem prejudicados”, citou.