Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Do Jornal do Commercio O presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, reagiu na segunda-feira (20) ao que considera uma tentativa de creditar aos petistas locais um eventual rompimento do PSB com seu partido.
A reação veio depois da declaração de Sileno Guedes, presidente estadual socialista e porta-voz do governador Eduardo Campos (PSB), publicada ontem pelo JC, em que ele critica o discurso de Humberto Costa de haver “estranhamento e distanciamento” na relação entre as duas legendas.
Sileno diz que isso seria uma manobra de Humberto, que estaria colocando “Pernambuco contra a presidente Dilma e Lula”.
PT joga Lula contra o Estado, acusa PSB Segundo Pedro Eugênio, o que estaria na raiz do problema desse “estranhamento e distanciamento” não é um discurso de Humberto, mas o fato de o PSB ter lançado candidato próprio a prefeito do Recife sem respeitar a precedência do “aliado” PT nem o equilíbrio de forças dentro da aliança: isso não teria sido bem recebido na direção nacional petista. “Não tomamos iniciativa de criar uma cisão dentro da Frente, não podemos assumir o ônus da divisão.
O PSB concordava com a nossa tese (de que o PT teria precedência para lançar o candidato da Frente Popular) e depois, na última hora, é que decidiu lançar candidato”, disse ele.
Eugênio frisou que, nessa campanha, lhe cabe a função de “bombeiro” para “evitar acirramentos”, numa crítica velada ao contraparte socialista.
Ele enfatizou que o PSB é um “aliado” do PT no plano federal, o PT, um parceiro dos socialistas na gestão estadual e que nesse momento as duas legendas concorrem em campos diferentes à Prefeitura do Recife, fato que não compromete a relação entre os dois partidos. “Lula sempre apoiou o Estado, principalmente no governo Eduardo Campos (…).
Somos (PT e PSB) um fator importante para o governo Dilma, independentemente das disputas municipais”, advertiu Eugênio.
A postura de Sileno, de criticar declarações de Humberto, vem num momento em que cresce rumores do distanciamento do ex-presidente Lula e da presidente Dilma em relação a Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, estando a disputa no Recife entre os ingredientes desse “esfriamento”.
O governador taxou as evidências de “fofocas” e assegura que a relação com o PT no plano nacional permanece boa.