Em uma tabelinha com Mendonça Filho, o petista Humberto Costa aproveitou dado momento do terceiro bloco do programa para acusar o candidato Geraldo Júlio de ter prejudicado a capital pernambucana na divisão do bolo de recursos da cota parte do ICMS que o Recife tem direito.
Isto teria sido feito com alterações na legislação do imposto, quando Geraldo Júlio era secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Eduardo Campos.
Humberto Costa afirmou que o montante perdido, com o dinheiro que deixou de entrar na PCR, somaria mais de R$ 327 milhões, desde 2010.
Segundo ele, foram R$ 80 milhões em 2010, R$ 114 milhões em 2011 e outros R$ 134 milhões agora em R$ 2012. “Geraldo Júlio prejudicou dramaticamente o Recife com a mudança na cota parte do ICMS, além de limitar a capacidade de endividamento”, cortou Mendonça Filho, com a bola levantada pelo petista.
Ele disse que este era um exemplo de situação em que não se precisava de um técnico, mas de um líder.
Na sua avaliação, se fosse um líder, Geraldo Júlio teria recomendado a Eduardo Campos que cortasse no ICMS do Estado e não na parte que cabe ao Recife. “O volume de recursos daria para tirar mil famílias das palafitas, daria para construir outra via mangue, todas as escolas integrais do Recife e até dobrar a guarda municipal, além de 44 UPAs.
Temos que dar para os municípios mais pobres, porque (Geraldo Júlio) não cortou do governo do Estado”, questionou.
Quando já não era mais possível uma resposta, Mendonça Filho aproveitou o tema para criticar o próprio petista. “Houve perda de arracadação sim, mas houve também omissão.
João da Costa não reclamou, não protestou.
A responsabilidade é dupla.
Por isto, que eu não vou ser submisso a uma autoridade pública.
O meu único patr]ao será a cidade do Recife”.