Chevrolet Cruze, de Esteves Jacinto.
No começo do terceiro bloco, o candidato do PRTB, Esteves Jacinto, tentou atacar a campanha do socialista Geraldo Júlio usando o argumento do poder econômico, já apresentado por João Paulo e Humberto Costa, na semana passada.
Ele disse que todos estavam tendo dificuldades para alavancar recursos, enquanto o candidato do PSB fazia uma campanha milionária.
Com ironia, afirmou que, ao entrar na TV, pensou que estava entrando em um comitê de Geraldo Júlio, de tanto que havia militante e bandeiras.
Também havia militância do PT no local, em igual ou maior número. “Quem banca esta campanha?”, questionou o candidato, sugerindo um suposto abuso de poder econômico.
Mendonça Filho cobra de Geraldo explicações para perda de receita do ICMS para Recife Humberto Costa acusa Geraldo Júlio de prejudicar o Recife com ICMS menor quando era secretário de Eduardo Geraldo Júlio diz que Humberto Costa foi o pior secretário da saúde do Recife e não ajudou como ministro Na resposta, Geraldo Júlio respondeu com uma provocação a todos os concorrentes. “Sou o único que tem as contas, as receitas e as despesdas, na internet.
Tenho uma equipe eficiente na campanha, além do que muitos vereadores nos apoiam”, frisou.
Na réplica, Jacinto disse que Geraldo Júlio não havia respondido a sua pergunta e usou de ironia, mais uma vez. “Não houve resposta.
Eu vim do Alto do Mandu.
Sua campanha está linda, parabéns”, afirmou, antes de dirigir-se diretamente ao eleitor. “Não custava nada responder, mas Geraldo Júlio vai ficar de costas.
Vocês não vão ter essas respostas”, repetiu.
No revide, depois de afirmar que contava com o apoio de 14 partidos, “em uma grande união pelo Recife”, Geraldo Júlio deu uma estocada inesperada. “Se vocês vissem o carro importado que ele chegou aqui, ele teria dificuldade de prestar contas disto”, garantiu.
O revide de Geraldo Júlio chegou a causar estresse nos bastidores da produção.
Jacinto pediu direito de resposta, mas não foi atendido.
Eles alegaram que foi pessoal.
No final do programa, nas considerações finais, Esteves Jacinto aproveitou para dar o troco.
Ele chamou Geraldo Júlio de burguesinho, depois de ter informado que o carro seria nacional e não importado. “Geraldo Júlio não sabe como pobre compra carro.
Fiz 62 parcelas.
Não tenho dificuldade de falar isto”, observou.
No quarto blobo, o candidato do PRTB tentou usar o candidatdo do DEM, Mendonça Filho, para atacar novamente a frente liderada pelos socialistas.
Ele perguntou a Mendonça Filho sobre a união de Jarbas e Eduardo, depois de tantos anos de briga, antes de questionar se valia tudo na política.
A crítica é feita nos bastidores pelos petistas contra o governador Eduardo Campos, após o lançamento da candidatura própria, numa tentativa de barrar o PT na capital.
Carinhosamente, os petistas chamam o governador de imperador. “Há governadores que querem ser rei ou monarcas.
Fazer todas as alianças.
Não seja objeto de jogo político, caro leitor.
A cidade do Recife pertence a você.
Alguém quer dominar a cidade”, criticou, sem nominar o líder socialista, mas reproduzindo fielmente o discurso petista.
Mendonça Filho disse que a discussão não era relevante para o debate sobre o Recife e aproveitou a farpa para redirecioná-la Geraldo Júlio. “Não vou ser um prefeito subserviente”, prometeu, numa crítica ao suposto engajamento do socialista com o padrinho no governo do Estado.