O ministro relator Joaquim Barbosa segue lendo seu voto.

Na última quinta-feira (16), Barbosa iniciou a leitura do documento, votando pela condenação de quatro réus: o deputado federal João Paulo Cunha (PT), o publicitário Marcos Valério e dos sócios deste, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

Joaquim barbosa vota pela condenação de quatro réus Leia a denúncia utilizada por Joaquim Barbosa para condenar quatro réus O ministro relator é o primeiro dos 11 ministros a ler o voto.

A leitura pode se encerrar ainda nesta segunda-feira (20) ou na próxima terça-feira (21), quando Barbosa passará a voz para o ministro revisor do caso, Ricardo Lewandowski, que a cada sessão deixa mais clara a polarização com Barbosa.

Estes são os dois votos que devem demorar mais, já que são os dois ministros que estão melhor inteirados - já que são o relator e o revisor da Ação Penal 470, popularmente conhecida como “Mensalão”.

Joaquim Barbosa inciou lendo trechos do contrato entre a DNA Propaganda, de Marcos Valério, e o Banco do Brasil, em 2003.

O documento foi assinado por Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, e autoriza o adiantamento de R$ 23,3 milhões à DNA Propaganda por serviços prestados à Visanet, da qual o BB é sócio.

Barbosa afirma que foi desvio de dinheiro público para as contas de Valério.

Defesa de Pizzolato afirmou ter sido autorizado por Luiz Gushiken e Cássio Casseb.

Joaquim Barbosa: “A defesa pretendeu criar uma controvérsia interpretativa entre as expressões bônus de volume e bonificações, afirmando que uma seria para o banco e outra para as agências.

Puro jogo de palavras, diria eu.” Henrique Pizzolato é acusado de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta e instituição financeira.

A Procuradoria-Geral da União afirma que Pizzolato recebeu R$ 336 mil do “valerioduto” por ter autorizado um adiantamento de R$ 73 milhões do fundo Visanet para a DNA, agência de Valério que tinha contrato com o Banco do Brasil.