Por Jamildo Melo O primeiro debate eleitoral na televisão nas eleições do Recife neste ano, concluído ainda há pouco, na TV Tribuna, poderia ter sido morno, por ocorrer fora do horário nobre, mas acabou surpreendendo por conta da contundência dos ataques. É fato que as assessorias devem ter guardado munição para eventos noturnos, com maior audiência, mas o esquente de luxo já deixou claro que vai sobrar canelada para todos os lados, quando o guia eleitoral começar, nesta terça-feira.
Daniel Coelho tenta tirar Geraldo Júlio da zona de conforto com provocação Humberto Costa acusa Geraldo Júlio de prejudicar o Recife com ICMS menor quando era secretário de Eduardo Mendonça Filho cobra de Geraldo explicações para perda de receita do ICMS para Recife O debate acabou sendo dominado por questões políticas e não teve muita discussão sobre os problemas da cidade.
Não por culpa das regras, que favoreciam o embate direto entre os postulantes.
O papel mais ridículo coube ao candidato do PCB, Roberto Numeriano, que chegou tão atrasado que somente participou das considerações finais, com direito a dois minutos no final do programa.
Chegou na TV passava 15 minutos das 14 horas. 1º Bloco O primeiro bloco foi bastante frio, com respostas dos candidatos a temas elaborados pela produção.
No entanto, Daniel Coelho, do PSDB, encontrou uma oportunidade de começar a bater no PT usando o tema da habitação. “João Paulo prometeu 40 mil casas e doze anos depois o PT não fez nem 25% disto”, criticou, prometendo criar condições para implantar moradias no centro do Recife.
Geraldo Júlio foi sorteado para falar sobre mobilidade e falou mais do mesmo.
Foi a primeira aparição do mesmo sorriso (para alguns cínico) que Eduardo Campos pontua suas falas.
Esteves Jacinto prometeu acabar com os flanelinhas, sem dizer como.
Já Mendonça Filho prometeu acabar com filas e falta de médicos, com uma reforma na saúde.
O petista Humberto Costa prometeu voltar com a coleta de lixo diária em áreas populares, além de “dar oportunidades” aos catadores de lixo.