Ministro Joaquim Barbosa (Foto: reprodução da internet) Finalmente começou a votação.
No 11º dia de julgamento do caso Mensalão (Ação Penal 470), o ministro relator Joaquim Barbosa deu seus primeiros votos - não sem antes bater boca com Lewandowski, algo recorrente desde o primeiro dia de julgamento.
Barbosa votou pela condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT), do publicitário Marcos Valério e dos ex-sócios de Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz.
Segundo Barbosa, Jos quatro réus praticaram atos de corrupção entre 2003 e 2004, quando o deputado petista João Paulo Cunha presidia a Câmara Federal e assinou contratos de prestação de serviços da Casa com as empresas de Valério e de seus sócios.
Barbosa falou ainda de R$ 50 mil recebidos por João Paulo Cunha logo após ele assinar um contrato de R$ 1 milhão entre a Casa e a SMP&B, empresa de Marcos Valério.
O valor foi sacado pela esposa do petista numa agência do Banco Rural em Brasília.
Cunha era deputado na época das denúncias e foi absolvido no processo de cassação na Câmara, em 2005.
Ele ainda se reelegeu em 2006 e 2010 e hoje preside a Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
Assista à 11ª sessão do caso Mensalão.
Votação começa hoje e ministros já batem boca O publicitário Marcos Valério é denunciado por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de dívidas e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, Valério comandava o “Núcleo Operacional” do Mensalão, usando suas empresas para desviar recursos públicos para políticos indicados pelos petistas.
Ainda de acordo coma denúncia, ele firmava contratos superfaturados com a Câmara e com o Banco do Brasil e ainda usava empréstimos fraudulentos dos Bancos Rural e BMG para disfarçar a origem do dinheiro.
Cristiano Paz e Ramon Hollerbach são acusados de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de dívidas e lavagem de dinheiro.
Os ex-sócios de Marcos Valério são acusados de terem participado das negociações.
O ainda deputado federal João Paulo Cunha (PT) é acusado de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, o deputado recebeu R$ 50 mil do “valerioduto” para contratar a SMP&B (agência de Marcos Valério) quando presidia a Câmara Federal, sendo beneficiado por desvio de recursos públicos.