A votação dos 11 ministros da Justiça deveriam ter começado ontem, após as sustentações orais das defesas do ex-ministro Anderson Adauto e dos publicitários sócios Duda Mendonça e Zilmar Fernandes.
Mas, infelizmente, os senhores ministros passaram algumas horas - como já haviam feito no primeiro dia do julgamento - exercitando a oratória discutindo questões já discutidas anteriormente.
Mas nesta quinta-feira (16) finalmente eles devem começar a votar, iniciando com o relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa.
O ministro relator iria começar a ler seu voto ontem, mas resolveu fazem um pedido à Corte para que enviasse um documento à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) relatando o que chamou de “ataques proferidos pelo advogado Antonio Pitombo”, que deu a entender que Barbosa não deveria votar no julgamento, já que teria postura “imparcial”.
O pedido de Barbosa, no entanto, foi negado pela maioria da Corte.
Ministros batem boca no pleno do STF e decidem pela não convocação de Lula para depor OAB reage a críticas de ministro do STF É torcer para que nesta quinta-feira (16) discussões como a do desmembramento ou a da inclusão de mais réus do processo - a exemplo do ex-presidente Lula -, todas já discutidas anteriormente, não voltem ao pleno.
A leitura do voto do ministro relator Joaquim Barbosa sobre os 37 réus (os ministros do STF decidiram excluir o doleiro Carlos Alverto Quaglia do processo) deve durar até três dias.
BATE BOCA - Já no início desta sessão, quando o ministro Joaquim Barbosa esteve com a palavra, o ministro revisor Ricardo Lewandowski (que desde o primeiro dia de votação polariza discussões com Barbosa), interrompeu o ministro relator e sugeriu uma mudança na exposição dos votos. “A votação é longa e os crimes são por núcleos.
Sugiro então que, após o ministro relator (Barbosa) dar seu voto sobre um núcleo, que eu também dê o meu voto sobre este núcleo.”, defendeu Lewandowski.
Barbosa não gostou e os ministros bateram boca.
O presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, tentou acalmar os ministros e colocou em votação o formato da explanação de seus votos.
O formato defendido por Barbosa foi defendido pela maioria.
O ministro relator começa a ler seu voto pelo item 3 (são 8 itens).