Foto: BlogImagem Mesmo negando que vá funcionar como uma linha auxiliar para qualquer partido nestas eleições municipais, o candidato do PRTB a prefeito do Recife, Esteves Jacinto, que se apresenta como pastor da Igreja Assembleia de Deus, fez rasgados elogios ao candidato democrata Mendonça Filho, em debate na tarde desta quarta-feira (15), no programa CBN Total, com Aldo Vilela. “Mendonça é um bom candidato para o Recife.
Depois de mim”, afirmou.
No mesmo programa, ele criticou os adversários Humberto Costa (PT) e Geraldo Julio (PSB).
O pastor classificou os dois como “monstros da política”, por representarem grupos políticos que dominam a cena local. “PSB e PT estão juntos e misturados.
Eles fazem parte de uma construção para destruir a oposição no Recife”, acredita.
Questionado qual estratégia estaria por traz dos elogios públicos que fez a João da Costa e até mesmo sobre um convite para seu palanque, em julho, o postulante não respondeu de forma objetiva. “João da Costa não foi um prefeito abaixo da média.
Eu nunca apertei a mão dele, mas houve uma injustiça grande contra ele”, tergiversou, antes de lhe dar nota de 6,5 pela gestão.
Fora do ar, disse que esperava o começo do guia eleitoral ou dos debates para questionar o candidato do PT, Humberto Costa.
Um laranja à vista?
Só a continuidade da campanha poderá nos dizer.
Que tem pinta, tem.
Outra fala sua, no mesmo programa, pode ser interpretada como uma crítica ao governador Eduardo Campos. “Temos que acabar com isto.
Na política local, temos semideuses.
Eles determinam quem deve ganhar e quem deve perder”.
Noutra fala que pode ser interpretada como uma crítica ao PT, reclamou que participava de um projeto político do PRTB e não apenas de uma luta pelo poder, em que as pessoas buscam se tornar estrelas e mitos.
No ar, Esteves Jacinto ainda reclamou não ter sido convidado para o debate na internet no Recife, promovido pelo NE10, com os quatro primeiros candidatos colocados nas pesquisas.
Na internet, diferentemente do que ocorre na rádio e TV, não existe obrigação legal de chamar todos os partidos.
Sobre questões mais gerais, mesmo sendo pastor, recusou-se a falar de religião. “Jesus não é do PRTB”, afirmou, já no final do programa.
E também disse que evangélicos tem santos sim.
Provocado pelo Blog de Jamildo, garantiu que não aprovaria e até trabalharia contra a realização da tradicional marcha da maconha no Recife.
No entanto, disse não ter problemas em receber dinheiro de cervejarias para patrocinar o Carnaval. “A festa é do povo (não posso revogar)”.
Foi o mesmo candidato que, em dado momento do programa, reclamou de forma genérica contra a truculência dos governantes.
Em outro momento, admitiu que somente por “um milagre” poderia eleger-se prefeito do Recife.
Por precaução, disse que levou o programa de governo ao cartório. “Posso ser cobrado depois”.
Logo no começo da entrevista, o pastor tentou comparar-se a Lula, quando perguntado como pretendia chegar ao cargo de prefeito do Recife, sem experiência parlamentar nem outras credenciais.
O editor de política do JC, Ciro Carlos, corrigiu-o, citando que Lula, antes de chegar à presidência, elegeu-se deputado federal.
No ar, negou mais uma vez que seja homofóbico. “Eu defendo o ser humano”.
Voltou a criticar projeto da senadora Marta Suplicy sobre homossexuais e culpou um assessor por mal entendido em reportagem do Blog de Jamildo.
Veja aqui.
Demonstrando que não digeriu bem o episódio, acusou o Blog de Jamildo no ar de tê-lo julgado erroneamente.
Que injustiça com a coluna eletrônica…
Pastor Esteves Jacinto, candidato do PRTB à Prefeitura do Recife, adota discurso homofóbico Esteves Jacinto disse que uma das saídas para a saúde seria a contratação de mais agentes de saúde.
Não perdeu depois a oportunidade de fustigar o candidato socialista. “Geraldo Júlio prometeu as Upinhas.
UPAs existem, mas não temos médicos especialistas”, reclamou.
Também teve oportunidade de dizer que a adoção de ciclovias não resolve o problema de mobilidade do trânsito. “Elas são importantes, mas não são o principal”, comentou, de forma genérica, antes de descartar o principal projeto do PRTB nacionalmente, o chamado Aerotrem. “No Recife, não resolve.
Temos que usar monotrilhos”.
Ele sugeriu que a merenda escolar fosse gerenciada por uma associação de pais de alunos, embora não haja garantia de que não ocorressem desvios também. “Eu prefiro acreditar nas pessoas (a confiar nos políticos)”, comparou.