Foto: reprodução da internet Ayrton Maciel, do Jornal do Commercio Terminado o recesso parlamentar de julho há 15 dias, a Assembleia Legislativa está com dificuldade para reunir a sua mesa diretora.

Passadas duas semanas de sessões, o presidente do Legislativo, deputado Guilherme Uchoa (PDT), não conseguiu realizar, até agora, a reunião semanal da mesa, que define questões administrativas da Casa.

A terceira tentativa será nesta quarta-feira (15) de manhã.

Dos sete membros da direção, três são candidatos a prefeito e os outros três estão participando diretamente da campanha eleitoral, por ter esposa, filho ou correligionário na disputa.

A dificuldade de reunião da mesa está impedindo que a Casa discuta uma questão que já foi solucionada pelos governos federal e estadual, pelo Senado e Câmara Federais e por outras Assembleias.

O presidente Uchoa pretende discutir uma posição sobre a divulgação dos nomes e salários dos servidores do Legislativo, ponto incorporado às recentes Leis de Acesso à Informação.

Em resposta a uma consulta do JC, o presidente Guilherme Uchoa informou, por meio da assessoria, que desde o retorno às atividades, em 1º de agosto, tenta reunir os integrantes da mesa.

A campanha eleitoral, porém, tem exigido a presença dos candidatos em seus municípios.

Dos sete componentes, incluindo Uchoa, são candidatos a prefeito: o 2º vice-presidente, Edson Vieira (PSDB, Santa Cruz do Capibaribe), o 2º secretário, Sérgio Leite (PT, Paulista), e o 3º secretário, Henrique Queiroz (PR, Passira).

O 1º vice-presidente, Marcantônio Dourado (PTB), o 1º secretário João Fernando Coutinho (PSB) e o 4º secretário, Eriberto Medeiros (PTC), estão diretamente na campanha de correligionários.

Nos corredores da Assembleia, todavia, corre a informação de que há, também, uma pressão de servidores graduados e do sindicato dos servidores da Alepe no sentido de que não sejam divulgado os nomes, mas apenas os salários.

Os argumentos é de que a publicidade irá ferir o sigilo pessoal da renda e que ainda expõe a segurança pessoal de cada servidor.

Em Brasília, ontem, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cobrou aos presidentes dos tribunais que ainda não divulgaram os salários de seus servidores e magistrados que expliquem a razão para o atraso.

O prazo para publicação das listas terminou em 20 de julho e pelo menos nove cortes regionais não respeitaram a resolução do CNJ.