(Foto: Reprodução da internet) No nono dia do julgamento do Mensalão, a defesa do ex-deputado federal petista Professor Luizinho sustentou que o réu não sabia que um assessor seu tinha recebido R$ 20 mil do esquema.
Segundo o advogado Pierpaolo Bottini, o assessor José Nilson dos Santos era íntimo do então tesoureiro do PT Delúbio Soares - que o chamava de “Zé Linguiça” - e teria negociado o dinheiro diretamente com José Nilson. “Luizinho sequer sabia dos fatos, então não tem domínio dos fatos”, sustentou o advogado. “José Nilson tinha atividade autônoma.
A partir de 1995 passou a trabalhar com Luizinho, mas é comum os assessores, fora do horário de expediente, continuarem com sua militância autônoma”, afirmou.
O advogado disse que o assessor tinha tanta intimidade com Delúbio que era chamado por ele de “Zé Linguiça” e que, em junho de 2003, José Nilson tinha questionado o Professor Luizinho se haveria recursos para a pré-campanha de candidatos a vereador nas eleições do ano seguinte.
O deputado teria falado com o tesoureiro, que pediu para “Zé Linguiça” entrar em contato ele.
Somente seis meses depois, os recursos foram liberados e, segundo a defesa, foram usados para pagar a confecção de camisetas para três pré-candidatos a vereador.
A defesa rebate ainda o fato de o nome de Professor Luizinho aparecer em uma lista entregue por Delúbio a Marcos Valério.
Segundo o advogado, o nome constava da lista porque Delúbio queria dar mais relevo ao repasse, visto que o deputado era líder do governo. “Ainda que fosse lavagem de dinheiro não há comportamento de Luizinho em esforço para o recebimento desses R$ 20 mil”, defende.
O advogado disse que não foi produzida qualquer prova para justificar a condenação.
Enfatizou que o Professor Luizinho não conseguiu mais se reeleger e disse que o deputado foi denunciado apenas por ser político. “Criou-se um mito demoníaco de que ser político é ser desonesto”.