A candidata do PPL (Partido Pátria Livre, antigo MR8) à prefeita do Recife, Edna Costa, disse agora há pouco, no programa CBN total, com Aldo Vilela, que o prefeito João da Costa mereceria nota 5,5% pela educação na cidade e defendeu o fim da chamada progressão continuada, orientação que impede que os alunos sejam reprovados no ensino médio e fundamental.

Embora não seja possível a um prefeito reverter essa orientação do Ministério da Educação, a candidata disse que iria lutar por isto, sob a alegação de que prejudica os bons alunos e não estimula os demais a buscarem melhorar o aprendizado.

Ela é professora.

Em outro momento do programa, a candidata também criticou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que cria tetos para os gastos em todas as esferas de poder, impedindo que todos os recursos públicos sejam gastos com a folha de pessoal.

Edna Costa disse que iria contratar mais professores, mas não disse quanto, nem como faria para ampliar os gastos para a manutenção.

Nesta área de educação, chegou a propor até a criação de uma universidade municipal, para criar cursos de saúde, turismo e engenharia.

Na área de mobilidade, além de ciclovias, defendeu que se acabasse com o mito de que Recife não pode ter metrô por debaixo da terra.

Mais uma vez, trata-se de uma atribuição do governo federal, em que um prefeito pode interferir muito pouco, quase nada.

Na área social, já disse que defende a criação de 130 creches no Recife.

Hoje, não há nem a metade disto.

Ao falar do seu partido, o PPL, ela definiu como uma agremiação nacionalista, sucessora do MR-8.

No ar, criticou a política de juros altos pagos pelo governo federal, mas sempre tendo o cuidado de preservar o nome de Dilma e Lula.

Só faltou colocar a culpa em FHC pelos juros altos.

Reclamou do Banco Central e seus dirigentes.

Com um minuto de TV, disse que não iria bater nos adversários, aproveitando o espaço para apresentar propostas.

Em uma delas, quer criar uma empresa pública para cuidar de lixo, saneamento e até iluminação.

Não detalhou gastos nem criação de cargos necessários, mas defendeu que seria uma vantagem.

Ela acredita que empresas públicas são mais eficientes do que empresas privadas.

Na CBN, Edna Costa disse ainda que não era contra as PPPs, que o partido era contra apenas os patrões que não eram bons com os trabalhadores, mas que em seu eventual governo não sairia um centavo do dinheiro pernambucano para um prestador de serviço que não fosse nacional.

No caso, teria problemas em dar aval à licitação internacional que a Compesa programa para expandir o saneamento na Região Metropolitana do Recife.

No começo do programa, Edna Nunes reclamou que não havia recebido doação alguma para fazer a campanha, mas planeja gastar até R$ 1 milhão nestas eleições.

Só agora fez os primeiros santinhos.

No Recife, vai contar com 15 candidatos a vereador pedindo votos para sua campanha.