Foto: BlogImagem O candidato tucano à prefeitura do Recife, Daniel Coelho, aproveitou debate na rádio JC/CBN, no programa CBN Total, com Aldo Vilela, para classificar de autoritário o governador Eduardo Campos pela indicação do candidato socialista Geraldo Julio, nestas eleições. “O povo do Recife elegeu, há quatro anos, um prefeito indicado, biônico.
Não pode repetir este erro.
O tempo da ditadura acabou, em que o governador indicava o prefeito.
Temos que discutir a cidade.
Já basta o atual desastre”, declarou, provocado a coligação socialista.
Em mais de uma oportunidade, o tucano afirmou que vai questionar a parceria dos socialistas e petistas no Recife, desfeita depois de 12 anos, nestas eleições. “Quero entender a divergência entre João da Costa e Humberto Costa.
Já o PSB foi governo há 12 anos e não fez uma crítica ao PT.
As pessoas querem entender agora a razão de não estarem juntos”.
Até quando tratou de mobilidade urbana o tucano fez questão de juntar o PSB e o PT. “Essa polêmica do viaduto só está ocorrendo porque Recife não tem prefeito.
O PSB não fez uma crítica a mobilidade urbana do Recife, mas, como chegou o período eleitoral, fez pesquisa e vem o governador colocando essa proposta dos viadutos.
O que resolve ali são os corredores exclusivos de ônibus”, defendeu.
Em outra crítica indireta ao governador, tendo como trampolim seu ex-partido, o PV, Daniel Coelho disse que era atrasado e equivocado dar apoio em troca de espaço no governo. “Não sou mais um vestido de amarelo e dizendo sim senhor”, afirmou, em uma possível referência ao secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier.
No ar, Daniel Coelho também minimizou as pesquisas de opinião, alegando que elas não refletem ainda um voto consolidado, neste momento da campanha. “As pessoas ainda não entenderam ainda esta eleição”, observou, ao ser questionado sob o ponto da pesquisa da Nassau que coloca Humberto Costa, com 14%, como representante da oposição, na frente de Mendonça Filho, com 13%. “É sinal de que não tem nada consolidado”.
Ele acredita que 15 duas após o início da campanha na TV seria possível ter uma ideia melhor. “Ninguém é dono do voto ainda”, disse acreditar.
Numa crítica indireta a Geraldo Julio, Daniel Coelho afirmou que ele não pode prometer mais que os outros candidatos. “O orçamento é o mesmo.
Assim, ele não pode prometer mais.
Nem Dilma ou Eduardo podem deixar de ajudar o Recife (se o vencedor for a, b ou c)”, argumentou.
Sem citar nomes, o tucano reclamou dos adversários que estariam prometendo ciclovias agora, apenas por estarem em campanha. “Tem que ter simancol.
Não pode prometer o que não fez quando teve oportunidade.
Não pode fazer propostas fáceis.
Eu não estou falando deste tema pela primeira vez”, observou.
Outros temas O tucano Daniel Coelho prometeu, caso assuma a PCR, mudar a licitação do lixo, dividindo o trabalho em quatro lotes e não apenas dois, como ocorre hoje. “Não é correto uma empresa deter 86% do serviço.
Quanto mais concorrência, melhor para a população.
Em razão disto é que o quilo do lixo no Recife é um dos mais altos em relação às demais capitais”, disse.
Guardas armados Ele voltou a defender que os guardas municipais, não todos, cerca de 100 apenas, possam usar armas no serviço, em bairros perigosos, para proteger a vida e o patrimônio público.
Saneamento Daniel Coelho também criticou a PPP do saneamento que a Compesa planeja implantar no Recife em outras cidades da RMR. “Eu defendo que a PPP seja feita para novas áreas e não apenas para repassar o que existe hoje para a iniciativa privada operar.
Tem que haver recompensa para a população.
Por isto, defendo o aperfeiçoamento.
Tem que aumentar a área saneada”, diz.
Segurança pública O tucano defendeu ainda pesados investimentos sociais como alternativa para reduzir a violência no Recife.
O paradigma usado foi a cidade de Medellín, na Colômbia. “É impossível combater o crime se a cidade abandonar o jovem.
Precisamos de um pacto urbano, investindo pesado nas áreas sociais.
Com dança, música, esportes, a cidade de Medellin, que já teve 150 assassinatos por cem mil habitantes, hoje tem 22.
Temos que fazer isto aqui”, observou.