O candidato do PSDB à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho, só tem um filho.

Lucas, de dois anos, é o xodó de Daniel, que tem se esforçado para conciliar a agenda de campanha com o convívio com o filho.

Em alguns domingos Daniel até leva o filho para algumas agendas, para diminuir a saudade. “Nesta quarta-feira (8), mesmo, eu fui para o circo com ele em meio às agendas.

Cancelei uma caminhada, mas fui com ele”, diz Daniel, antes de perguntar ao filho o que ele mais gostou no circo. “Gostei da bailarina que tem vestido rosa”, lembra Lucas. “E da moto também”, completa.

Daniel conta que vê o filho todos os dias cedo pela manhã.

Eles tomam café juntos, antes de Daniel seguir para a campanha e o filho para a escola.

Simpático, Lucas não mostra timidez durante a entrevista, interrompendo em vários momentos, reivindicando o pai, para aproveitar o raro momento com o pai em casa, disponível para brincar. “Ele gosta de brincar de Lego e de carrinho”, afirma Daniel. “Gosta de dirigir?”, pergunta o pai. “Gosta”, responde imediatamente Lucas.

Mas, perguntado do que mais gostava de brincar, Lucas afirmou que prefere os quebra-cabeças.

Mas o desenho favorito da criança, Daniel bate na trave. “Dino Dom.

Não é isso?”.

Dino Dan é o desenho favorito de Lucas.

Apesar do gosto por dinossauros, o filho de Coelho não gostou de vê-los “ao vivo”, no shopping. “Ele ficou com medo”, lembra o candidato.

Os programas juntos dos dois não são só atos de campanha. “Gosto de ir com ele para a praia”, diz Daniel, que é logo completado por Lucas: “fico só na areia brincando”.

Levo para a praia, para a casa de familiares no fim de semana, gosto de levar ele ao Recife Antigo”.

Como se tivesse ouvido palavras mágicas, Lucas começa a cantar: “meu maracatu, pesa uma…”, e não lembra a última palavra.

Apesar de estar choramingando, sem querer tomar banho, Lucas tem bônus com o pai. “Ele não ‘aperreia’.

Só é muito enérgico”, afirma Daniel, olhando o filho correr de um lado para o outro na sala.

A criança explica que gosta de ir à escola, gosta da “fazendinha”, gosta quando o pai o leva para passear, gosta de A Era do Gelo, seu super-herói favorito é o Ben 10 e, objetivo, responde à minha pergunta: o que você quer ser quando crescer? “Adulto”, responde com segurança.

Mas uma qualidade do filho ressaltada por Daniel é clubística: Lucas torce para o Náutico.

O pai, todavia, ainda não consolidou a (boa) influência. “Ele estava com a estreia nos gramados marcada para esses dias.

Mas acho que só vai acontecer depois da campanha”, afirma Daniel, que ainda não levou o filho ao estádio.

Agarrado ao filho, Daniel revela que só não foi pai pela segunda vez ainda por que a esposa Rebeca não quis. “Por mim eu já teria outro, mas minha esposa não quis passar a campanha grávida ou com bebê pequeno.

Mas depois das eleições resolveremos isso”, assegura Daniel, entre risos.

Questionado sobre a preferência, Daniel dá a pista. “Como já tenho um garoto, seria bom uma menina.

Mas não faz muita diferença.

Filho é filho e o amor é o mesmo”, afirmou, antes de pedir a opinião de Lucas, que concordou com o pai. “Quero uma irmãzinha.

Ela vai ser bem pequenininha, vou botar no braço e ela nem vai cair, porque sou forte”, disse o garoto.

Daniel ressalta o carinho do filho. “Ele é muito amoroso, diz que está com saudades.

De manhã é que dá um pouco de trabalho, ele pede por favor para eu não ir trabalhar.

As vezes ele fica acordado até tarde, me esperando chegar.

Ele deveria dormir às 19h30, mas bate o pé e me espera até as 22h, aí é muito bom”, diz Coelho. “Um episódio engraçado”, conta Daniel, “é que ele começou a achar estranho quando as primeiras placas (de campanha) foram para as ruas.

Foi engraçado, ele chegou em casa dizendo ‘hoje eu vi um monte de papai’ (risos)”.

Fazendo jus ao estilo pai-coruja, Daniel confessa que um dos momentos mais emocionantes foi quando Lucas tinha 9 meses. “A primeira vez que ele disse ‘papai’.

Mas confesso que fiz lavagem cerebral.

Desde que ele nasceu eu ficava dizendo ‘papai, papai’ no ouvido dele até quando ele estava dormindo”, revela Daniel, caindo no riso.

Mas o momento mais marcante foi mesmo o nascimento. “Foi muito emocionante.

Entrei para ver”, lembra.

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