Da Agência Estado O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, abriu agora a tarde a sessão do sétimo dia do julgamento do mensalão.
Os destaques serão as sustentações orais de três advogados de réus ligados ao antigo PL, atual PR.
Entre eles, o ex-presidente do extinto partido, o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP).
Acusado de receber R$ 8,8 milhões do esquema, Costa Neto renunciou ao mandato que exercia na época para não ser cassado.
Defesa de José Dirceu faz apelo final ao STF O Ministério Público Federal acusa Costa Neto de ter usado uma empresa fantasma para disfarçar a origem do dinheiro.
Sua defesa afirma que a quantia recebida era para pagar dívidas de campanha.
Os outros dois acusados, ligados ao antigo PL, são os irmãos Jacinto Lamas e Antônio Lamas.
Jacinto trabalhava com Valdemar Costa Neto e foi tesoureiro do PL.
Segundo a acusação, ele sacou R$ 1 milhão do valerioduto para o antigo partido.
Contra Antonio Lamas, ex-assessor do PL, a acusação sustenta que ele sacou R$ 350 mil do valerioduto para o irmão dele.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no entanto, pediu a absolvição de Antonio, por não haver provas de envolvimento dele no esquema.
Ainda na tarde de hoje serão ouvidas as defesas de mais duas pessoas ligadas a empresas que, segundo a acusação, participaram do esquema de distribuição de dinheiro para compra de apoio político no Congresso.
O advogado de Breno Fischberg, ex-sócio da corretora Bônus Banval, alegará que seu cliente desconhecia a origem e o destino do dinheiro.
Segundo a Procuradoria, ele teria recebido R$ 11 milhões do valerioduto para repassar a pessoas ligadas ao PP.
Já a defesa de Carlos Alberto Quaglia, dono da corretora Natimar afirmará que sua empresa foi usada nas transações financeiras sem sua autorização.
De acordo com a acusação, Quaglia emprestou a corretora para que a Bônus Banval repassasse parte dos recursos destinados ao PP.