Por Sheila Borges Do JC Online/Jornal do Commercio O clima entre o PSB e o PT parece que azedou de vez e a tão propagada “paz política” dos socialistas, repetida na campanha como se fosse um mantra, está ficando só no discurso.
O presidente regional do PSB, Sileno Guedes, que exerce a função de coordenador político da campanha do candidato a prefeito do Recife da Frente Popular, Geraldo Julio (PSB), considerou “falta de assunto” o fato de o prefeiturável do PT, o senador Humberto Costa, criticar a decisão da Justiça Eleitoral.
Em primeiro grau, a Justiça permitiu que a Frente continuasse usando o nome da presidente Dilma Rousseff (PT) em um jingle, vinculando a petista a Geraldo. “Está na hora de apresentar propostas concretas para a cidade”, afirmou, rebatendo a opinião de Humberto que considerou “antiética” a atitude do PSB de mencionar o nome de Dilma.
Para Sileno, Humberto deveria andar mais pelo Recife “para ver o que a cidade precisa”, preocupando-se mais com a campanha e menos com o PSB. “Não vamos brigar.
Se a Justiça quiser, a gente tira.
A parceria que o PSB exalta, existe.
O Estado teve a capacidade de apresentar projetos.
Isso é falta de assunto (as críticas de Humberto).
A gente não vai se largar para fazer fotografia com um e com outro.
A gente quer conversar com o povo”, argumento.
Mesmo sem citar nomes, o presidente regional do PSB se referiu às viagens que Humberto tem feito para São Paulo em busca do apoio do ex-presidente Lula à sua candidatura por meio de fotografias, mensagens e promessas de vir a Recife para participar da campanha.
Lula tem um forte carisma e muita popularidade entre os eleitores pernambucanos.
Em 2006, quando Humberto disputou o governo do Estado com Eduardo Campos, que terminou saindo vitorioso, Lula veio e pediu voto para os dois.
De acordo com a cúpula do PT, esse episódio não vai se repetir agora.
Lula está fechado com Humberto e teria desaprovado a atitude do governador, que lançou um candidato de sua equipe e não apoiou o PT.
Sileno Guedes disse que, se Humberto continuar assim, vai mostrar que o PT quer “entrar em outra briga”.
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