Foto: Agência Brasil Da Agência Estado A defesa do deputado federal Pedro Henry (PP-MT) sustentou no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) que o parlamentar não tinha conhecimento sobre as movimentações financeiras do partido.

Ele era líder do partido quando o escândalo explodiu e foi denunciado por, supostamente, ter negociado o apoio do PP ao governo em troca de dinheiro junto com os ex-deputados Pedro Corrêa e José Janene, já falecido. “O deputado Pedro Henry não teve conhecimento de qualquer transação financeira realizada pelo PP.

Todas as testemunhas dizem isso”, afirmou o advogado José Antonio Duarte Alvares.

Segundo o advogado, o parlamentar participou de reuniões com petistas como ex-presidente José Genoíno apenas para negociações políticas. “Negociações exclusivamente políticas, jamais financeiras, Henry nunca participou de negociações financeiras com o PT”.

Destacou também que João Cláudio Genu, que fez os saques destinados ao PP, disse agir por ordem de Corrêa e Janene.

Assim como a defesa de Corrêa, foi destacado que o PP já tinha manifestado apoio às reformas previdenciária e tributária durante o governo Fernando Henrique Cardoso, apenas mantendo a posição nas votações na administração do PT.

A Procuradoria-Geral da República apontou essas votações como alvo de compra pelo sistema do mensalão.

Alvares destacou que o nome de Henry aparece na denúncia sempre na companhia dos outros dois dirigentes do PP. “Não há conduta atribuída a ele, não há ato de ofício”.

Ressaltou ainda que Henry foi absolvido em processo de cassação na Câmara.