O candidato tucano ao governo municipal de Ipojuca, Carlos Santana, disse, em debate com Aldo Vilela, nesta tarde, na rádio JC/CBN, que a cidade vai ser transformada em uma referência regional.

Com cerca de 80 mil habitantes, Ipojuca, em função do porto de Suape, já ocupa a segunda maior arrecadação do Estado, atrás apenas da capital pernambucana.

São cerca de R$ 53 milhões por mês, mas com grandes problemas sociais ainda. “O que existe hoje em Ipojuca é uma verdadeira sangria desatada.

Quando assumir, vamos para cima e vamos descobrir (o que é feito com os recursos do município)”, afirmou, referindo-se ao volume de recursos da arrecadação. “Vamos dar um choque de gestão”, prometeu, reclamando da quantidade de cargos comissionados.

No ar, o candidato não poupou críticas nem a atual gestão, de Pedro Serafim, do PDT, nem os três candidatos que concorrem com ele.

Quando falou do adversário do PMDB, Romero Sales, candidato do governador Pedro Serafim, Carlos Santana começou negando acusação feita na véspera.

Sales disse que salvou Porto de Galinhas de um projeto de lei de Santana que iria abrir espaço para espigões na orla. “Ele está sonhando, ele gosta (de sonhar).

Ele só pode estar sonhando com espigões ou arranha-céus.

Quando eu era prefeito estabeleci o teto máximo de quatro pavimentos.

Vou pediu que ele apresente esta lei”, declarou.

Questionado pelo Blog de Jamildo, sobre que nota daria à educação do município, Carlos Santana citou sete, alegando que falta fazer mais pela educação na área rural.

Romero Sales foi secretário de Educação no município. “Ele não conhece a Ipojuca real.

Só funciona na área urbana.

Na área rural é uma tristeza.

Falta gestão.

Hoje mesmo a secretária abandonou o posto para disputar uma cadeira na câmara municipal e a interina nada resolve”, disse.

Sobre Miguel Sales, ex-procurador do MPPE, insinuou que ele ajudou a estimular invasões na cidade quando era promotor de Justiça, ao ser questionado sobre a quantidade de puxadinhos na cidade.

Também questionou a fala de Sales, na mesma CBN, na segunda-feira, afirmando que estava ao lado de Eduardo Campos desde quando ele tinha 3% nas intenções de voto (no caso, na primeira tentativa de eleição, em 2006). “Como isto é possível?

Nesta época, ele era promotor de Justiça.

E pode?”, mencionou.

Sales chegou a entrar na Justiça Eleitoral pedindo a impugnação do adversário, mas no final de julho a Justiça acabou liberando a candidatura.

As maiores críticas, entretanto, foram endereçadas ao atual prefeito, que não pode mais buscar a reeleição.

Ele reclamou da falta de transparência nos números da gestão, já que o site opera com números defasados ou inexistentes. “Os secretários nos dizem que estão proibidos de dar informação a qualquer adversário da prefeitura”, conta.

Também disse que os partidário de Romero Sales e Pedro Serafim estariam usando a máquina pública “sem pena”.

Mas sem dar detalhes, aguardando confirmação de denúncias recebidas.

O candidato tucano questionou um acordo da prefeitura com a Petrobras, para dar aval a refinaria Abreu e Lima, em que abriu mão de cerca de R4 150 milhões em ISS em 20 anos. “Em troca, a Petrobras realizou obras no valor de R$ 29 milhões no município. É pouco”, acredita.

Eduardo Na entrevista, o tucano afirmou ainda que decidiu candidatar-se novamente, depois de três gestões a frente da cidade, para atender a um pedido pessoal do governador Eduardo Campos. “O governador está muito preocupado com o que acontecia no município.

Ele vai lá e ouve as pessoas reclamarem”, disse.

O candidato disse que o governador vai uma ou duas vezez na cidade subir em seu palanque agora em agosto e setembro e defendeu que o município precisaria estar mais alinhado com o desenvolvimento de Suape.