Etivaldo Marques, em Caruaru Na primeira sessão realizada pela manhã, após a decisão dos vereadores de mudar o horário das reuniões, o ex-presidente da Câmara, Rogério Meneses (PT), detonou o prefeito Zé Queiroz (PDT).

O ex-aliado do atual chefe do Executivo se referiu a ausência da gestão no bairro das Rendeiras.

Segundo ele, o slogan de campanha, defendido por Queiroz, no pleito de 2008, deveria ser mudado. “Rui Lira dizia em todas as inaugurações que o prefeito era um político que tinha palavra, mas isso deve ser mudado.

Ele não cumpriu o que prometeu para as Rendeiras.

Ele não cumpriu a palavra e vai pagar um preço por isso, com o homem público é assim.

Essa conta não vai ser paga por mim, mas pelo candidato a reeleição, que achava que podia tudo”, disse.

A tal conta que Meneses se refere é a eleição, que segundo Rogério será complicada para Queiroz. “A situação de Queiroz é delicada e infelizmente, dificilmente ele vai vencer essa eleição.

Muita gente diz tem Dilma, Lula e Eduardo, mas lembro que Miguel Arraes era um mito tinha todos os apoios e mesmo assim, perdeu a eleição”, disse Rogério.

Outro governista que também soltou o verbo contra José Queiroz e chutou o balde foi o vereador Ranilson Enfermeiro (PTB).

Ele fez um alerta sobre o possível uso da máquina por um secretário municipal.

O petebista não citou nomes e disse que por ser um alerta, nesse primeiro momento não iria apontar o possível comprador de votos. “Temos um certo secretário que usa a máquina do governo para destruir os vereadores.

São pessoas frustradas e revoltadas, que nunca conseguiram votos.

São pessoas que tentam comprar os nossos cabos eleitorais. É um incompetente.

Ele deveria assumir que tinha a intenção de ser vereador e não ser secretário”, disparou.

Para Ranilson Enfermeiro, o secretário serve de fiscal para ver quais os veículos que estão com os adesivos da candidatura. “Essa mesma pessoa veio questionar a ausência da foto do prefeito no meu carro.

Só não coloquei o adesivo porque não recebi nada da majoritária.

Tenho lado e não fico em cima do muro.

Esta pessoa trabalha contra o governo do prefeito Zé Queiroz”, pontuou.

O vice-presidente da Câmara, Diogo Cantarelli (PSDB), pediu um aparte e disse que é uma questão de crime eleitoral e precisa ser averiguada pela justiça eleitoral.

Licius Cavalcante também abriu fógo contra Queiroz.”O canibalismo que está acontecendo com os vereadores e vai fazer com que a Câmara perca representatividade.

Há uma grande provocação e vocês foram colocados num confronto individual.

Não entrarei nessa de canibalismo forçado”, disparou o comunista.

O comunista ainda citou o vice-governador e disparou contra as três candidaturas a prefeito de Caruaru. “João Lyra teve a postura correta ao divulgar aquela carta.

Esses três projetos são equivocados para Caruaru.

Do lado de lá tem até gente falsificando documento para sair candidato”, disse.

A Vila Kennedy foi o alvo das reclamações de Lícius, que assim como Rogério, sempre reclamou bastante da participação do Executivo no bairro.