(Foto: Adriana Guarda/JC Imagem) Nesta quarta (8), o Sindicato dos Trabalhadores da Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem de Pernambuco (Sintepav-PE) realizou assembleia no canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) para ler a sentença e orientar pelo cumprimento da decisão judicical.

Os trabalhadores, no entanto, optaram por continuar em greve, contrariando decisão judicial da última terça-feira (7), e ainda atacaram os líderes sindicais com pedradas.

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Com o resultado, o Sintepav será multado em R$ 5 mil por dia e o sindicato patronal (Sinicon) poderá solicitar a revogação da convenção coletiva fechada este mês.

O acordo entre patrões e empregados previa um reajuste salarial de 10,5% e aumento no valor do vale-alimentação de R$ 200 para R$ 260, além do abono dos dias parados de greves anteriores e folga nos dias de pagamento.

O Tribunal Regional do trabalho da 6ª Região (TRT) decretou, na última terça-feira (7), a ilegalidade da greve dos 51 mil trabalhadores - da Petroquímica Suape (PQS) e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), parados desde o dia 1º de agosto - e determinou o retorno imediato às atividades a partir desta quarta-feira (8).

O pleno do TRT votou por unanimidade pelo reconhecimento da abusividade do movimento.

Os magistrados entenderam que a greve era ilegal porque recentemente a categoria havia firmado convenção coletiva de trabalho com o sindicato patronal e pelo fato de as empresas não terem sido avisadas da paralisação dentro do prazo legal de 48 horas.

A desembargadora Dione Nunes Furtado lembrou ainda de práticas de vandalismo e a não aprovação da greve em assembleia como pontos para caracterizar a ilegalidade do movimento. (Foto: Adriana Guarda/JC Imagem)