Ex-coordenador da campanha do governador Eduardo Campos em Ipojuca, o candidato governista Romero Sales, do PMDB, representante do prefeito Pedro Serafim nestas eleições, pediu neutralidade do governador nesta disputa, em entrevista ao comunicador Aldo Vilela, no programa CBN Total. “Eu espero que ele esteja com todos, para que a gente esteja com ele”, afirmou, quando questionado se havia uma disputa pelo apoio do governador, com o pessoal de Carlos Santana, do PSDB, cujo vice-prefeito é o ex-secretário eduardista Pedro Mendes. “Ele (Eduardo) me apoia.
Aliás, a maioria do PSB, 90% do PSB me apoia, como Marcos Queiroz e Danilo Cabral”.
O secretário de Cidades, que chegou a ter o nome citado como um dos possíveis candidatos nestas eleições, já participou até mesmo de um comício recente ao lado de Romero Sales.
No ar, o correligionário de Jarbas Vasconcelos, que quase esquece de citar-lhe o nome, disse que espera até mesmo o apoio do PT, que tem candidato próprio na disputa, na pessoa do deputado federal Pedro Eugênio, “Estou de braços abertos para receber o apoio de Humberto”, disse.
Em relação às críticas do adversário Miguel Sales, do PR, feitas na véspera, no mesmo programa da CBN, reclamando de falta de transparência nos gastos locais e de supostos cobertores para evitar fiscalização do TCE, o candidato do prefeito Pedro Serafim reagiu com uma cobrança. “Ele que prove as acusações.
Cabe a quem acusa apresentar as provas”, afirmou. “Tem muita gente de olho nas receitas do município, agora”, completou, reclamando da chegada de estrangeiros na disputa.
Nesta terça-feira, Sales disse que o município recebia cerca de R$ 1,5 milhão em arrecadação por dia e não se via obras na cidade que justificassem os recursos recebidos.
Ipojuca é hoje o segundo maior receita do Estado, atrás apenas da capital.
Romero Sales também desmentiu Sales na questão da Educação.
O promotor aposentado afirmou que a taxa de analfabetismo na cidade girava em torno dos R$ 35%.
Romero garantiu que não passa dos 20%.
Mesmo assim, não resta dúvida, alto para uma cidade que se gaba de ser hoje a locomotiva do desenvolvimento econômico do Estado.
O principal alvo político, entretanto, pareceu mesmo ser o tucano Carlos Santana, que já dirigiu a cidade por duas oportunidades.
No ar, Romero Sales acusou Santana de tentar a aprovação da construção de espiões em plena praia de Porto de Galinhas. “Eu evitei.
Eu era oposição só, mas convenci os vereadores a votar contra.
Era jogar fora a joia da coroa.
Salvei Porto de Galinhas”, observou, ao ser questionado sobre a questão do planejamento urbano local.
No ar, Romero Sales prometeu ainda que, no primeiro semestre de 2013, o saneamento da cidade balneário estaria pronto e entregue à população.
Ele contou que o escândalo da Gautama atrapalhou a execução do projeto.
Outra promessa incluiu a melhoria da saúde, com avanços na oferta de serviços de cardiologia e atendimento materno infantil.
Sem reclamar diretamente do governo do Estado, o candidato a prefeito observou que o Cabo tem o Dom Helder, Upas e até uma unidade mista. “Até pessoas de Barreiros buscam serviços de saúde em Ipojuca, ou mesmo do Cabo.
Por isto, a nossa intenção é elevar de 15% para 20% os gastos nesta área, apesar dos avanços que já registramos”, disse.