Foto: reprodução O advogado do ex-diretor e atual vice-presidente do Banco Rural Vinícius Samarane - acusado de, como então diretor de controle interno, omitir as irregularidades ao governo -, Maurício de Oliveira usou o argumento feito por outros defensores de que o réu não pode ser acusado de participar do esquema do Mensalão apenas por ser funcionário da instituição.

Maurício foi o segundo a falar durante a sessão do julgamento do caso na Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira (8). “Este processo tem características inusitadas.

Nenhum funcionário do banco é acusado de corrupção ou desvio de dinheiro público. É acusado apenas porque outros réus tomaram empréstimos no banco.

Tratam a rotina bancário como crime”, destacou o defensor.

Vinícius Samarane responde por formação de quadrilha, evasão de divisa, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. “Só em abril de 2004 ele assumiu a diretoria do banco.

Antes, não participou de quaisquer atribuição da alta cúpula do banco.

Os empréstimos [tomados pelas empresas de Marcos Valário, acusado de ser o operador do esquema] foram em 2003.

Ou seja, Vinícius Samarana não votou nem pela concessão nem pelas renovações dos empréstimos”, argumentou Maurício de Oliveira.