Foto: reprodução “Ela foi denunciada por causa do organograma da empresa?
Porque ela nunca ocupou um cargo financeiro na empresa.
A formação dela é voltada para recursos humanos.
A denúncia é kafkiana, surreal”.
Foram com estas palavras que o advogado Antônio Cláudio Mariz defendeu a ex-vice-presidente do Banco Rural Ayanna Tenório no quinto dia de julgamento do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (8).
Natural de Caruaru, no Agreste pernambucano, ela é acusada de autorizar a renovação de empréstimos concedidos pelo banco às empresas de Marcos Valério, suspeito de ser o operador do esquema de compra de apoio de parlamentares ao governo federal no Congresso. “Ela só participou de uma reunião que renovou o empréstimo com a empresa Graffiti [de Marcos Valério].
Uma”, destacou o advogado. “Ayanna não tinha função financeira, porque não tinha formação para isto.
Qual o interesse dela de participar do esquema?
Não recebeu dinheiro, não precisa de apoio do governo.
Ela integrou a quadrilha por osmose?”, questionou Antônio Cláudio Mariz.
A sessão foi interrompida por 30 minutos.
No retorno, devem ser ouvidos os defensores do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e do ex-ministro de Comunicação Luiz Gushiken.