Foto: reprodução da internet Ao fechar os trabalhos do julgamento do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (7), a defesa da ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello afirmou que a institutição foi vítima da própria transparência. “Todos esses documentos que indicam quais são os recebedores estão absolutamente presentes.

A direção do banco jamais permitiria a ocultação”, disse o advogado José Carlos Dias, lembrando que a identificação dos sacadores foi entregue à Justiça espontaneamente.

A ex-presidente é acusada de ajudar a financiar o Mensalão na tentativa de obter vantagens do governo na liquidação do Banco Mercantil, de Pernambuco, e responde por formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. “Esta associação [com a liquidação do Banco Mercantil] foi feita porque Ministério Público precisva encontrar alguma coisa que justificasse o envolvimento do Banco Rural.

Esta liquidação só foi levantada em março deste ano, então que vantagem o banco estaria tendo gastando dinheiro para corromper?”, questionou.

O advogando também ressaltou que Kátia não teria como fiscalizar os saques que eram feitos nas 120 agências da instituição e negou que a cliente teve alguma participação nos empréstimos feitos a Marcos Valério. “.

Em novembro de 2004 o Banco Rural passou por uma inspeção do Banco Central e nada foi encontrado.

Era José Augusto Dumont [ex-executivo do banco, já falecido] que se relacionava com Marcos Valério”.