Sob o título de “À procura de Médicos” foi publicada em jornal pernambucano, matéria que faz relato sobre a falta de médicos generalistas e especialistas para o atendimento da população usuária da rede pública no município do Recife.

A reportagem faz uma apologia em prol da defesa dos interesses de abertura de escolas médicas particulares de forma tem denciosa e sem ouvir os principais atores: as Entidades Médicas pernambucanas.

Ao vincular a ausência de médicos nas unidades de saúde, ao quantitativo de faculdades de medicina, fica cristalina a falácia.

A bem da verdade a cidade do Recife tem 5,46 médicos para cada 1.000 habitantes, número bem acima das metas preconizadas pelo Governo Federal (2,5/1.000).

Atualmente o que existe de fato é uma concentração desses profissionais nos postos de trabalho do setor privado, numa proporção de 10,5 por 1.000 habitantes (7,5/1.000 em todo o Estado).

Nossa preocupação é que esses dados deveriam ser do conhecimento do Secretário de Saúde do Município do Recife e do Instituto responsável pela pesquisa, pois contradizem de forma contundente as informações veiculadas.

Vale ressaltar que há cerca de 10 anos o Recife estacionou num patamar inferior a 50% na cobertura da rede de unidades de Estratégia de Saúde da Família sendo que, a maioria dessas unidades funcionam em prédios alugados e com graves problemas de infraestrutura e saneamento.

Na verdade não faltam médicos, o que realmente faz falta são estímulos para o exercicío de uma medicina de qualidade, compatível com as necessidades da população.

Falta vontade política!

Carreira de Estado; Concurso Público; Vencimentos compatíveis com o grau de responsabilidade e Locais de Trabalho Adequados, são condições mínimas para oferecer o bom atendimento que o povo espera e é merecedor.

A Diretoria do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe)