“Na última semana foi anunciado nos jornais a abertura de mais uma escola médica em Pernambuco.

Desde junho o MEC vem vergonhosamente negociando a abertura de várias escolas médicas privadas em todo País.

A formação médica deixou de ser um assunto de Estado e virou balcão de negócios no Governo Federal.

Estas escolas não possuem rede própria de serviços hospitalares e ambulatoriais e alegam, como justificativa, a existência de convênios com o Governo para realização de aulas práticas em estabelecimentos da rede pública de saúde.

Na luta por um ensino médico de qualidade, o Simepe repudia a realização de convênios entre empresas privadas e serviços públicos, os quais têm a clara intenção de facilitar a abertura dessas instituições.

As entidades médicas pernambucanas entendem que não é a abertura indiscriminada de escolas médicas que resolverá o problema da distribuição dos médicos e a carência de determinadas especialidades em regiões remotas do País.

Na defesa dos interesses da Sociedade e de uma formação médica que realmente atenda às necessidades do povo brasileiro, entendemos como solução para o problema: carreira de Estado para o médico, fim dos vínculos precários, salário mínimo profissional compatível com o grau de responsabilidade, locais de trabalho adequados e política para formação de especialistas de acordo com as peculiaridades regionais; condições mínimas para o impasse.

A Diretoria Sindicato dos Médicos de Pernambuco”