Foto: Agência Brasil Assim como fez a defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o advogado do ex-presidente do PT José Genuíno, Luis Fernando Pacheco, baseou sua sustentação oral no julgamento do processo Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) na falta de provas que liguem seu cliente ao esquema de pagamento de proprina a parlamentares em troca de apoio.
Durante fala na tarde desta segunda-feira (6), o defensor também ressaltou que o petista não ingeria nas finanças do partido, já que tinha um papel mais político.
Pedido de condenação de Dirceu é o mais atrevido ataque à Constituição Federal, diz advogado Relembre o escândalo e os desdobramentos do Mensalão “Contratos não têm nada a ver com suposto mensalão, mas com dívidas do PT”, afirmou em relação ao fato de José Genuíno ter assinado contratos com bancos que abasteceram o caixa para distribuição de propina. “Em 2002, Genoino estava afastado do diretório nacional da legenda para disputar o governado de São Paulo e só assumiu a direção em 2003, com a ida de José Dirceu para a Casa Civil”, destacou. “José Genuíno não conhece ninguém do chamado núcleo financeiro nem publicitário do esquema.
Ele está sendo acusado por parcos indícios.
O Mensalão nunca existiu.
Há nos autos alguma prova de pagamento de propina?
Nenhuma”, argumentou.
Luis Fernando ainda disse que a reeleição do ex-presidente Lula e a eleição da presidente Dilma são as evidências de que a opinião pública não reconhece mensalão.
Luis Fernando ainda listou as contribuições do acusado ao Brasil, como na luta contra a ditadura e frisou que ele é uma pessoa “pobre”, nas palavras dele, mantendo uma vida de classe média, citando, por exemplo, que Genuíno mora na mesma casa há 30 anos, localizada em um “bairro de trabalhadores”.
O advogado também tentou deslegitimar os depoimentos do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), quem denunciou o esquema. “A palavra de Roberto Jefferson é sempre duvidosa.
Ele acusa as pessoas ou inocenta de acordo com o cenário e a plateia”.