Foto: reprodução da internet Em uma defesa engajada nesta segunda-feira (6), durante terceiro dia de julgamento do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado do publicitário Marcos Valério, Marcelo Leonardo, admitiu a existência de caixa 2 para sanar dívidas de campanha do PT e de outros partidos.

A mesma técnica foi usada pela defesa do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e justifica-se pelo fato de o crime já ter prescrito.

Mensalão: em uma defesa ousada, advogado de Delúbio Soares admite caixa 2 Relembre o escândalo e os desdobramentos do Mensalão Supostamente responsável por comandar o núcleo operacional do esquema, desviando recursos de contratos públicos para abastecer o cofre do Mensalão para pagamento de propina, Marcos Valério é acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. “O fato provado é o caixa dois de campanha eleitoral.

Marcos Valério sempre disse em suas inúmeras declarações que Delúbio lhe afirmou que o PT tinha dívidas de campanha próprias e de outros partidos.

Não há provas suficientes para condenação de que havia pagamento de propina, mas, sim, para dívidas de campanha, o que caracteriza crime eleitoral”, declarou o defensor.

O advogado pediu absolvição de Marcos Valério da acusação de corrupção ativa argumentando que os recursos foram para partidos e, não, para servidores e, assim como o advogado de Delúbio, ressaltou que o período dos repasses não coincidem com apoio no Congresso.

No fim da sua sustentação, em um ato de apelo, ele afirmou que Marcos Valério já foi julgado e condenado pela mídia. “Marcos Valério não é personagem para ser sacrificado na mídia.

Ele chegou a ser ridicularizado por ter corte de cabelo zero, cortado por causa do filho, que ainda pequeno, teve câncer e ele raspou em homenagem à criança”.