Foto: Agência Brasil Apesar de fazer uma explanação num tom pouco entusiasmado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel - que abre o segundo dia de julgamento do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta sexta-feira (3) -, fez duras acusações ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT). “Nada, absolutamente nada, acontecia sem o aval de José Dirceu”, asseverou classificando o esquema como uma “sofisticada organização criminosa” e o “mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público realizado no Brasil”.
Em sua acusação, Roberto Gurgel diz que tese da defesa de que Mensalão não existiu é risível Citando testemunhas como o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) - que denunciou o esquema - e o publicitário Marcos Valério, Gurgel garantiu: “autor intelectual não fala ao telefone, não assina documentos.
Autor do fato é quem tem o controle dele.
José Dirceu foi o mentor do grupo.
Foi quem idealizou o sistema de pagamentos de forma ilícita a parlamentares”.
O fala de Gurgel deve durar entre quatro e cinco horas.
Ele terá pouco mais de oito minutos para fazer a acusação de cada um dos 38 réus.