Foto: reprodução da internet Da Agência Estado A Procuradoria-Geral da República, Roberto Gurgel, defendeu nesta sexta a prisão imediata dos réus que forem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.
Ele pediu a condenação de 36 réus.
Procurador-geral diz que até carro-forte era usado para transportar dinheiro do Mensalão Roberto Gurgel faz duras acusações a José Dirceu: nada acontecia sem o aval dele Em sua acusação, Roberto Gurgel diz que tese da defesa de que Mensalão não existiu é risível “A Procuradoria-Geral da República requer desde já a expedição de mandados de prisão imediatamente após a sentença”, disse Gurgel.
O pedido visa evitar que embargos de declaração atrasem o cumprimento da pena.
Ele destacou que não cabe recurso do mérito da decisão que vier a ser tomada pelo STF.
Gurgel afirmou ter obtido “todas as provas possíveis” e destacou que o escândalo aconteceu entre quatro paredes dentro do Palácio do Planalto, fazendo referência ao ex-ministro José Dirceu. “O Ministério Público só não conseguiu provas impossíveis”.
Afirmou ainda que “jamais um delito foi tão fartamente comprovado” e que o julgamento é “histórico”.
O procurado aproveitou ainda para dizer que foi vítima de ataques “grosseiros e mentirosos” desde que apresentou as alegações finais ao processo mantendo as acusações contra quase a totalidade dos réus. “Foi tudo para constranger e intimidar procurador”.
Afirmou que este comportamento é “inaceitável” e “inútil”. “Não nos intimidaremos jamais”.
Ele encerrou a sustentação oral com uma citação ao compositor Chico Buarque, notório simpatizante do ex-presidente Lula. “Dormia a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações”.