O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco denunciou à Justiça Federal um funcionário dos Correios do Recife um subtrair mercadorias postadas e que se encontravam no Centro de Distribuição.
O acusado foi preso em flagrante no dia 11 de julho pela Polícia Federal e levado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
A procuradora da República responsável pelo caso é Mirella de Carvalho Aguiar.
Segundo consta no processo, o denunciado aproveitou-se da função que exercia – inspetor de Segurança – para subtrair mercadorias que se encontravam no interior de Sedex"s.
De acordo com a denúncia do MPF, foram furtados, nos últimos dias 30 de junho e 11 de julho, bens de relevante valor comercial como aparelhos de telefone celular (smarthphones e iphones, dentre outros), máquina fotográfica e Speedlite (flash para câmeras fotográficas).
O crime foi descoberto a partir de investigação iniciada pelos Correios por conta do aumento de reclamações de extravio feitas pelos clientes.
Diante desses fatos, a empresa pública resolveu instalar câmeras extras de segurança e passou a monitorá-las diariamente.
Assim, foi possível capturar imagens do circuito interno que mostravam o acusado abrindo as encomendas e colocando os objetos subtraídos dentro da sua mochila.
O denunciado confessou o crime ao ser ouvido na Polícia Federal, e informou que vinha praticando o delito havia quatro meses.
Disse, ainda, que chegou a vender parte dos produtos furtados a comerciantes que trabalhavam na avenida Dantas Barreto, no centro do Recife.
PENA - O MPF requer que o acusado seja condenado pela prática do crime de peculato, que ocorre quando o funcionário público, em razão do cargo, subtrai dinheiro, valor ou qualquer outro bem para proveito próprio ou para beneficiar outras pessoas.
A pena prevista para o crime é de 2 a 12 anos de prisão, que poderá ser aumentada em um sexto em razão de o crime ter sido praticado em pelo menos duas datas distintas, além do pagamento de multa.