Último a votar, o presidente do Supremo Tribunal de Federal (STF), Carlos Ayres Britto, seguiu a maioria dos ministros e negou o pedido de desmembramento do processo do Mensalão, que começou a ser julgado nesta quinta-feira (2), em Brasília.
Apenas o revisor do caso, Ricardo Lewandowski, e o ministro Marco Aurélio de Melo foram a favor.
Assim, após mais de quatro horas de debate, ficou decidido que o caso permanecerá no Supremo.
A sessão foi suspensa por 30 minutos.
Relembre o escândalo e os desdobramentos do Mensalão Joaquim Barbosa e Lewandowski destoam sobre desmembramento Questão de ordem do desmembramento é rejeitada por 9 votos contra 2.
STF perde primeiro dia com firulas O pedido de desmembramento foi feito pelo ex-ministro da Justiça e advogado Márcio Thomaz Bastos, argumentando que apenas apenas três dos 38 réus do processo têm foro privilegiado: os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Os nove ministros que votaram a favor argumentaram que o caso já foi discutido pelo menos duas vezes desde que o caso chegou ao Supremo, em agosto de 2005.
A ministra Rosa Weber resumiu sua posição com a frase mais emblemática da discussão: “a marcha tem que ser para frente”.