Após mais de quatro horas discutindo pela terceira vez o desmembramento do processo do Mensalão, um intervalo de 30 minutos e a leitura do relatório do caso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) - que iniciou nesta quinta-feira (2) o julgamento de um dos maiores escândalos da política brasileira -, Carlos Ayres Britto, finalizou a sessão.

A continuação do julgamento será na sexta (3), quando procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deverá pedir a condenação dos réus.

A expectativa é de que o processo dure todo o mês de agosto.

Veja como foi o primeiro do julgamento do Mensalão em fotos da Agência Brasil: Na sustentação oral da acusação, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, terá até cinco horas para isso e poderá contar com o auxílio da vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat.

Joaquim Barbosa e Lewandowski destoam sobre desmembramento Ayres Britto também vota contra e processo do Mensalão não será desmembrado Mensalão: procurador-geral só pedirá condenação dos réus na sexta O Ministério Público Federal dividiu a acusação em três núcleos (central ou político, operacional ou publicitário e financeiro) além dos supostos beneficiários.

A acusação envolve crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.

Também a partir desta sexta-feira (3), começará a sustentação oral dos 38 réus.

Serão apresentadas cinco defesas por dia, de no máximo uma hora cada.

Estão previstas três sessões plenárias por semana (às segundas, quartas e quintas), a partir das 14h.

No próximo dia 15, começará a segunda fase do julgamento, quando os ministros proferirão seus votos.

O primeiro a votar será o relator, ministro Joaquim Barbosa, seguido pelo revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski.

Em seguida, votam os demais ministros em ordem inversa de antiguidade (do mais novo para o mais antigo na Corte), sendo o presidente o último a votar.

Neste primeiro dia de análise, o ministro relator Joaquim Barbosa fez a leitura resumida de seu relatório de 122 páginas, cuja íntegra foi tornada pública em dezembro do ano passado.

Relembre o escândalo: