A Análise Ceplan, um estudo de conjuntura da Ceplan Consultoria Econômica e Planejamento, divulgado trimestralmente, chega à sua décima edição mostrando a evolução socioeconômica de duas Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco que crescem acima da média do Estado, do Nordeste e do Brasil: o Agreste Central e o Agreste Setentrional.

Enfocadas no Informe Especial da X Análise Ceplan, estas RDs comprovam que o desenvolvimento da economia estadual não está localizado apenas na Região Metropolitana do Recife, onde o Complexo Industrial e Portuário de Suape concentra grandes investimentos estruturadores.

Na coletiva de imprensa desta quarta-feira, 01 de agosto, os economistas e sócios-diretores da Ceplan, Aldemir do Vale, Jorge Jatobá, Leonardo Guimarães, Tania Bacelar e Valdeci Monteiro, apresentaram ainda dados da conjuntura estadual, do Nordeste, do Brasil e do mundo. “O desempenho das economias locais torna-se ainda mais representativo quando se considera os cenários nacional e internacional.

A permanência da crise mundial, com desaceleração do crescimento a partir de 2010, podendo se estender pelos próximos anos; o Brasil sobrevivendo em meio a quedas na evolução do PIB em 2011 e nos primeiros meses deste ano, com possível retomada só a partir de 2013; e o Nordeste e Pernambuco mantendo crescimento do PIB acima da média nacional”, analisam.

Segundo o estudo, na economia nacional, os indicadores de crescimento são preocupantes. “A evolução do PIB trimestral vive uma contínua linha de queda desde o primeiro trimestre de 2010, saindo de 9,3% para 0,8% entre janeiro e março deste ano.

A indústria encontra-se em estagnação e a formação bruta de capital reduziu seu crescimento de 8,8% no primeiro trimestre de 2011 para -2,1% no mesmo período deste ano.

O consumo das famílias também desacelerou o crescimento de 6% para 2,5% neste intervalo e a taxa de inadimplência chegou a 8% em maio passado, a maior desde janeiro de2011 – o que pode justificar a diminuição do consumo.

A inflação, porém, vem caindo, ficou em 4,92% em junho, cada vez mais próxima do centro da meta de 4,5% estipulada pelo Banco Central.

Outra boa notícia é a redução da taxa Selic para 8% ao ano, repercutindo em queda na taxa de juros”.