Foto: divulgação/Chico Bezerra Seguindo o discurso de que não será submisso a poder ou político algum, caso seja eleito, o candidato a prefeito do Recife pelo DEM, Mendonça Filho, criticou o que ele chamou de “omissão” da Prefeitura do Recife para barrar o projeto do Governo do Estado de construir viadutos na Avenida Agamenon Magalhães. “Eu não concebo que projetos de mobilidade urbana possam ser tocados numa cidade sem a Prefeitura participar.

No caso dos viadutos da Agamenon, a Prefeitura, além de não participar da discussão, não tomou qualquer iniciativa para o projeto não ir adiante.

A postura de um prefeito não pode ser passiva”, destacou em sua fala no lançamento do movimento O Recife pode ser do jeito que a gente quer, na noite desta quarta-feira (1º), no Clube Português, Zona Norte da cidade.

O democrata aproveitou o evento para realizar o primeiro de uma série de debates e escolheu mobilidade como tema inicial.

O postulante defendeu que o projeto de construção de viadutos licitado pelo Governo deve ser arquivado e refez as críticas apresentadas durante debate com o candidato do PSB, Geraldo Julio, e representantes do Clube de Engenharia de Pernambuco na semana passada. “Em nenhum momento, a opção do Governo dá espaço para ciclistas e pedestres.

No momento em que o mundo todo está discutindo o fim dos elevados, não é possível que o Recife vai fazer o caminho inverso da lógica urbana”.

Em contrapartida às queixas, o democrata apresentou, sem muitos detalhes, três sugestões para resolver o trânsito na área.

No primeiro, a ideia é fazer faixas exclusivas para ônibus no lateral do canal da Agamenon, abrindo espaço para ciclofaixas também.

No segundo, ele propôs construir túneis paralelos ao canal por onde só circulariam carros.

Por fim, apresentou a opção de construir uma pista por cima do canal exclusiva para ônibus.

Todos os projetos tiveram o acompanhamento técnico do urbanista e professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Múcio Jucá. “Não defini nenhum projeto como meu preferido porque, se fizer isso, vou cometer o mesmo erro do governo de não discutir as propostas com a população”, comentou.