Congestionamentos prejudicam moradores do Ibura.
No bairro do Ibura, reduto do ex-prefeito João Paulo, o candidato à Prefeitura do Recife pela Frente de Esquerda PCB-PSOL, Roberto Numeriano, reuniu-se com Erlon Soares, líder comunitário na UR-03.
Na ocasião, o comunista afirmou que o PT, na Prefeitura há 12 anos, deixou o bairro abandonado.
Acompanhado de Oswaldo Alves, que disputou o governo do Estado pelo PCO (em 2008), Numeriano relacionou os problemas contados por Erlon e obteve fotos que mostram a situação denunciada pela liderança.
O candidato da Frente de Esquerda afirma que as quadras de lazer da UR-3 estão na sua maioria sem manutenção, às escuras, servindo como ponto de tráfico e consumo de drogas.
O comunista também relacionou várias ruas que constam como pavimentadas pela Prefeitura do Recife, a exemplo das ruas Engenho Beleza, Engenho Barra Azul, Engenho Bela Vida e Engenho Riacho Doce, mas que na realidade estão como sempre estiveram: sem asfalto ou saneamento. “Além dessas e outras dezenas de ruas, a Prefeitura e o Governo do Estado estão omissos quanto ao grave problema dos congestionamentos diários no acesso ao Ibura, que é agravado também pelos alagamentos no inverno e na maré alta.” “A avenida Dois Rios, no Ibura de Baixo, e a avenida Dom Hélder Câmara também estão intransitáveis devido aos buracos, mas as autoridades só falam do Terminal de Integração Tancredo Neves, obra que nunca acaba”,reclamou.
De acordo com Erlon, muita gente chega atrasada ao emprego, perde consultas médicas marcadas e atrasa pagamentos bancários porque essas duas avenidas não suportam mais o volume de carros e estão intransitáveis devido aos buracos.
Numeriano defende a construção de duas alças de acesso ao Ibura, para entrada e saída do bairro, evitando, entre outras coisas, cruzar a BR. “É incrível como para as obras estruturadoras da Copa, ordenadas pela FIFA, há dinheiro sobrando e tudo é decidido rapidamente pela prefeitura do PT e governo do PSB. É essa gente que quer se eternizar no poder, gente que não resolve o básico dos recifenses, como é a questão da mobilidade urbana”, criticou. “Vamos tratar da mobilidade também a partir da aplicação do orçamento participativo em ruas e avenidas destruídas pelos buracos e alagamentos.
O OP não pode mais servir como instrumento de manipulação de cabos eleitorais petistas. É preciso, além de dobrar o percentual do orçamento participativo no orçamento municipal, rediscutir o modelo institucional, que está viciado pelas práticas que tornam os delegados reféns da prefeitura”, afirmou Numeriano."