Foto: divulgação Da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) Os moradores do bairro Jardim Santa Helena, localizado nas proximidades da Avenida Caxangá, na Zona Oeste do Recife, estão sofrendo com constantes alagamentos ocorridos neste período de chuvas devido à construção de um canal criado, em 2001, pela Prefeitura para evitar enchentes na via. “Antes da construção do canal vivíamos em paz, agora com as obras, que nunca acabam, vivemos em constante alerta durante o inverno.
As casas são tomas por águas sujas, algumas delas estão rachadas, além disso, há muita muriçoca e ratos”, desabafa Ivan Lima, de 63 anos.
O transtorno dos moradores começou em 2001, com o projeto de intervenção relativa do sistema de drenagem da água pluvial, na altura do cruzamento da Avenida Caxangá com a BR-101, que beneficiaria os bairros da Cidade Universitária, Brasilit e parte da Iputinga.
Com isso, à água pluvial que seguia para esta região, seria desviada para o canal que fica na Rua Jordão Emerenciano.
Desde então, os moradores da comunidade de Jardim Santa Helena lidam com estas perturbações. “A gente se mostra imponente perante o Caxangá Golf Club e a PCR, alguns de nós estamos sofrendo calunia e difamação apenas pelo ato de nos defendermos contra estas organizações.
Eu tenho 63 anos, nunca tive um processo, depois deste canal, estou com quatro processos nas costas.
Estou sendo caluniado pelo Caxangá Golf Club, sob acusação de agressão moral e verbal aos funcionários do Club”, diz Ivan.
Atualmente o canal cruza à Rua Ministro João Alberto e quando chega à Rua Agostinho Torreiro, a água é depositada no Caxangá Golf Club e contorna por trás das casas dos moradores.
Como isso, cerca de 40 famílias já foram prejudicadas, alguns destes moradores já enfrentaram até seis metros de água suja dentro de suas casas. “Este canal deveria desviar as águas do viaduto até o Rio Capibaribe, um problema é que apenas uma parte do canal foi revestida e o outro é que parte dele deveria passar pelo Atacadão, mas eles não permitiram a continuação da obra e uma parte foi desviada pelo Caxangá Golf Club, que passa por trás das nossas casas, ou seja, se esse canal fosse longe de nossas casas não teríamos problema algum”, explica o morador, Manoel Francisco.