O deputado federal Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, aproveitou entrevista no programa CBN Total, com Aldo Vilela, nesta tarde, para ironizar o senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB, que anunciou apoio do partido ao candidato do PSB, Geraldo Júlio, atropelando a oposição.
Ele negou ter feito ironias, mas suas falas dão esse entendimento. “Um dia ele vai explicar (a adesão a Eduardo Campos) e a gente vai acreditar”, afirmou, explicando que não acreditava na justificativa de que o PMDB ajudaria o socialistas a livrarem-se do PT, de modo que Eduardo pudesse atingir voo nacional.
Guerra deu outra estocada em Jarbas Vasconcelos ao responder uma crítica de um ouvinte.
Em recado por mail, o ouvinte disse que ele fez corpo mole na campanha de Jarbas Vasconcelos ao governo do Estado contra a reeleição de Eduardo Campos. “Quem fez corpo mole foram três milhões de pernambucanos que acharam por bem não votar nele.
Só votaram uns 500 ou 600 mil”, observou.
Comentando o quadro sucessório no Recife, o tucano explicou a razão de não apoiar Mendonça Filho como opção das oposições. “Não sou obrigado a apoiar Mendonça Filho.
Eles nos combateram a vida toda no Recife.
Só para ele virar deputado federal (depois)?”, declarou.
Sobre o petista Humberto Costa, Guerra disse que ele não tem condições de crescer. “Humberto não é um político competente no ramo dele”.
Na sua avaliação, os dois candidatos que teriam condições de crescer seriam Geraldo Júlio e Daniel Coelho.
Ele elogiou Eduardo Campos por ter lançado o nome do técnico.
Já o tucano Daniel Coelho poderia crescer porque representa o novo.
A sua ausência nas caminhadas e atos do correligionário seria uma forma de ressaltar esse aspecto, de candidato que não tem cacique nem coronel como padrinho.
Sérgio Guerra disse que já esperava a briga do socialista com os petistas. “Isto ia se dar em 2014.
O PT quer manter o seu espaço e haveria problema entre eles.
Eduardo meteu-se em uma confusão no Recife porque ele perdeu a confiança do PT.
Ele está aproveitando o pior momento do PT local para tomar a prefeitura do Recife”, observou.
Mensalão O deputado federal comentou ainda o mensalão.
Para ele, Lula sabia sim de todo o esquema. “Não tem anjo lá”, afirmou. “É claro que sim, ele sabia”.
Na sua opinião, Toffoli deveria afastar-se do julgamento do mensalão, mas Gilmar Mendes, não.
Ele não acredita que tenha o voto prejudicado por envolver-se em um episódio com Lula, em torno da votação do caso no STF.
No ar, disse ainda que Dilma é autoritária e por isto o governo não anda.
Citou como exemplo o projeto da ferrovia Transnordestina.