Por Otávio Luiz Machado Ao se iniciar os vários atos de campanha antes do guia eleitoral na tv e rádio propriamente dito, o que se vê nas mais diversas candidaturas é a clara disposição de ganhar a qualquer custo e a qualquer preço.

A questão vai muito além da bipolarização entre PT e PSB, porque o eleitor está sendo bombardeado com um arsenal de informações de todas as frentes, o que torna a eleição mais equilibrada e até favorável para os candidatos que estão além dessas duas candidaturas. É fato que a candidatura do PSB apresentada até agora está com uma estrutura de campanha que se iguala às dos candidatos à presidência da República, cujo efeito de converter em votos ainda é muito cedo para saber de quanto será efetivado a seu favor.

O PSB volta sua campanha preferencialmente contra o PT, o que se pode perceber no jingle que anda circulando por aí, onde não para eles não cabe “nem briga, nem intriga” e “acabou o tempo da confusão”.

No aspecto de perda de aliados, o PT conseguiu quase fechar bem a torneira, mas ainda alguns pingos conseguem passar e atrapalhar a sua campanha.

Para os seus adversários, na verdade o problema do PT não é da torneira, mas de um profundo cano furado sem conserto e que já afetou toda a tubulação, que só com uma troca geral se resolveria o problema.

O PT vai apostar todas as suas fichas na popularidade de Dilma e de Lula, mas também vai mostrar os oito anos da gestão de João Paulo como o protótipo da próxima gestão, o que tem impacto muito forte entre os eleitores das periferias de Recife.

Com um quadro muito mais de possibilidades do que limites, é provável que quase todas as candidaturas de fato possuem reais chances de vencer, mas nesse caso vai ganhar quem cometer menos erros e saber usar os espaços vazios ou perdidos que aparecerem nessas eleições. 2012 promete!

Educador, Pesquisador, Escritor e Documentarista