Da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) A recém-nascida, Dayane Vitória Paulino de Lucena, de apenas 10 meses, está vivendo uma verdadeira batalha pela vida.

O caso é que a pequena paciente nasceu com encefalopatia hipóxia-isquêmica (um tipo de lesão cerebral), com traqueostomia e gastrostomia, necessitando constantemente de internamentos no Hospital Barão de Lucena (HBL), na Iputinga, Zona Oeste do Recife, devido à falta de assistência do município de Goiana, onde a família mora.

De acordo com a mãe da criança, Lucilene do Carmo da Silva, a sua filha não recebe o material solicitado para aspiração da traqueostomia e é orientada pelo pessoal do município a lavar as luvas e ferver as sondas que ela recebe para higienização de sua filha. “Minha filha precisa de um home care e de materiais descartáveis para higienização, algo que atualmente não está sendo fornecido pelo Estado”, desabafa.

Para a ouvidora da Associação de Defesa dos Usuários, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), Marluce Freitas, que acompanha de perto a luta da família, o fato da mãe está fervendo as luvas e a sonda pode gerar um agravo no estado de Dayane, caso ocorra uma infecção devido à precária higienização dos materiais.

A Aduseps enviou um ofício para a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e está aguardando uma resposta. “Caso a secretaria não se pronuncie, a Aduseps entrará com uma ação na Uustiça, pois, em casos como este, o fornecimento de serviços de atendimento domiciliar à saúde – home care é previsto pela Portaria Federal 2.416, de 23 de março de 1998.

Apesar de que na grande maioria dos casos, o Estado recusa-se a fornecer o serviço para pacientes do interior devido ao alto custo”, explica a advogada da Aduseps, Keyla Guerra.