Albanise, Edna e Débora são as representantes femininas das eleições para prefeito no Recife / Montagem: NE10 Milenna Gomes, do NE10 Entre alfinetadas, deboches, alianças e corações partidos, uma coisa é certa na corrida pela Prefeitura do Recife: os homens estão na vantagem.
Dos 16 candidatos confirmados para disputar os cargos de prefeito e vice-prefeito no pleito de 2012 apenas três são mulheres - Edna Costa (PPL), Débora Albuquerque (PPS) e Albanise Pires (PSOL).
O girl power é minoria, mas está focado em propostas direcionadas ao público feminino.
Investir na mulher trabalhadora é senso comum entre as três postulantes.
Cuidar da casa e dos filhos são os principais fatores que excluem as brasileiras do mercado de trabalho e, inclusive, da vida política. “A dedicação ao lar é intensa e a carga diária que carregamos é grande.
Precisamos ser mulher, mãe, esposa e profissional.
Isso demanda tempo”, explica Débora, vice de Daniel Coelho (PSDB).
Nesse ponto, a ajuda viria, principalmente para donas de casa da periferia, com capacitação profissional e construção de creches onde os filhos possam ser deixados em segurança durante o serviço.
O projeto previsto da prefeiturável Edna Costa (PPL), segundo a candidata, deu certo em diversos países desenvolvidos. “Os locais vão funcionar 24h e contar com psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos e outros profissionais.
Não vai ser um depósito de crianças”, planeja.
Vice de Roberto Numeriano (PCB), Albanise reafirma a importância dessas ações: “As recifenses precisam desse esforço do poder público para poder se inserir na política, conseguir trabalho e atuar como cidadãs”, diz.
Edna e Albanise também concordam quando o assunto é maternidade.
Ambas, afirmam, pretendem estimular o parto humanizado na rede pública.
A candidata do PPL acredita que isso só será possível com a implementação de centros especializados. “O sistema público de saúde não incentiva ou dá condições para que a mulher tenha os filhos naturalmente”, defende.
Albanise vai além. “É preciso direcionar o serviço do Postos de Saúde da Família para a mulher e encorajá-la a ter os filhos no próprio lar”, afirma a socialista.
Débora disse ainda pretender ampliar a rede de proteção à vítima de violência.“A Secretaria da mulher merece mais verba.
Criar novas casas de acolhimento - se não me engano, em Recife só tem uma - é necessário.
A demanda é desproporcional à ao número de mulheres.
Nesses lugares, elas podem se recuperar psicologicamente de abusos junto com os filhos”, fala.