Por Otávio Luiz Machado* Mal começou a campanha de rua nas eleições desse ano, quando os candidatos podem divulgar abertamente suas propostas aos eleitores e mobilizar a militância em eventos públicos, o que se vê na campanha do PT (com Humberto Costa e João Paulo) é a insistência numa campanha de contato direto com a população a todo custo, com as caminhadas pelas ruas e praças da cidade, o tradicional aperto de mão e a visita a residências e comércios nos bairros populares da cidade.
O que se percebe de imediato é o carinho das pessoas com a figura de João Paulo - o mais conhecido -, mas uma solidariedade muito grande para com Humberto Costa, que é considerado o candidato de Lula e de Dilma, mas também não deixa de ser lembrado por sua atuação na criação dos mais diversos programas sociais existentes.
Aqui se percebe numa das visitas que o contato face a face tem despertado simpatias: Aos poucos Humberto Costa apresenta suas propostas, pois não basta ficar dizendo sua biografia e a de João Paulo a campanha toda, muito menos ficar se apoiando nas figuras nacionais de Lula e Dilma, porque o povo quer enxergar o que vai mudar na sua vida nos próximos anos.
Para João Paulo discursar não precisa citar muito as propostas que virão, mas basta dizer que fará um governo juntamente com Humberto Costa nos moldes dos seus exitosos oito anos a frente da Prefeitura de Recife, cujo lema foi cuidar das pessoas.
O que se percebe entre os dois candidatos (a Prefeito e a Vice) é uma boa química entre si, principalmente quando os dois parecem ler o pensamento do outro quando improvisam nas caminhadas e até nos discursos.
A militância ainda não está com o mesmo pique dos candidatos, nem se percebe uma intensidade de informações da campanha do PT pelas redes sociais, o que parece ter sido maior nesse sentido na campanha do PSB, que mesmo em poucas semanas, apresenta-se de uma forma mais estruturada para a campanha.
Agosto está chegando e aí é que as coisas vão estar mais aparentes, com a possibilidade efetiva de crescimento ou não das candidaturas.
Até lá muita coisa ainda precisa ser ajustada nas campanhas, porque aí sim a campanha entra num ritmo forte que só será diminuido ao final, com vencedores e outros nem tanto. *Educador, Pesquisador, Escritor e Documentarista