O candidato a prefeito do Recife Daniel Coelho (PSDB) falou, durante a entrevista concedida do Blog de Jamildo e ao Jornal do Commercio, sobre o mercado imobiliário na capital pernambucana.

Criticando a atual gestão - que seria “passiva” -, Daniel disse que o poder público precisa tomar a frente nas melhorias.

O tucano ainda criticou o atual formato do Orçamento Participativo.

Veja também: “O Recife não é uma cidade de coronel”, afirma Daniel Coelho, que não vê diferença entre PT e PSB “Precisamos criar parcerias para criar novas fronteiras imobiliárias.

Não é só proibir de construir em alguns bairros que já estão saturados, é abrir novas fronteiras.

Mas a construtora não vai querer criar um condomínio no Ibura, porque a iluminação é ruim, não tem transporte público o suficiente e o bairro é violento.

Então precisamos criar as condições necessárias: investir em iluminação, transporte público, educação, segurança e lazer.” Daniel Coelho quer fazer teleféricos nas áreas de difícil acesso e reafirma compromisso com sustentabilidade “Infelizmente nesse processo (de criar as condições para se viver bem) o governo é passivo, corre atrás.

Temos que fazer o processo inverso, induzir o crescimento.

Podemos fazer isso com incentivo a empresas com tecnologias sustentáveis, estímulos públicos, redução de impostos, parcerias feitas já no formato da sustentabilidade…

Se o governo vai dar estrutura urbana, que as empresas respondam com a sustentabilidade.

E não ache que queremos prejudicar os empresários, não.

Queremos que o empresariado ganhe dinheiro, gere emprego.

Mas a contrapartida tem que vir na sustentabilidade.” Daniel Coelho pede mudança na política e quer acabar com indicação para cargos O candidato do PSDB disse ainda que a área de 192 hectares do Engenho Uchôa, que margeia 11 bairros nas zonas Sul e Oeste do Recife, poderia ser uma espécie de Central Park do Recife (veja o vídeo acima). “É uma nova fronteira imobiliária.

Hoje é uma área extremamente desvalorizada da cidade, que poderá se tornar uma area extremamente valorizada.

Estamos falando de uma descentralização do desenvolvimento urbano do Recife, de uma área que pode nos trazer emprego, uma área de geração de renda e de oportunidades na construção civil.” “Se com uma mão a gente te que restringir a construção em bairros como Boa Viagem, como Graças, como Aflito, numa outra a gente tem que promover parcerias com a indústria da construção civil para regiões como esta, no entorno do Engenho Uchôa.” Daniel discorda dos posicionamentos de Mendonça e Raul Henry, mas prega respeito Orçamento Participativo - Falando sobre obras necessárias no Recife, Daniel Coelho aproveitou para criticar o Orçamento Participativo da Prefeitura do Recife.

O candidato diz ser uma “agressão” à população algumas coisas - que são obrigação do poder público oferecer - precisarem ser votadas. “Queremos aperfeiçoar o Orçamento Participativo.

As decisões precisam ser compulsórias, a participação popular precisa ser compulsória.

Infelizmente é verdade que muitas das obras tidas pela Prefeitura como realizadas não foram realizadas.

Como também é verdade que eles escolhem que obra executar não de acordo com a votação, mas como eles bem entendem.

Parece até prévias partidárias”, espetou Daniel.

Com apenas quatro minutos de guia, candidato tucano do Recife deve arranjar espaço para criticar adversários “Algumas coisas precisam ser mudadas.

Não deveria ser colocado, por exemplo, postos de saúde em votação.

Isso é uma agressão ao cidadão.

Saúde é um direito e não deveria precisar de voto para tê-lo.

Pedir campo ou praça, sim.

Mas posto de saúde não, porque é um direito, obrigação da Prefeitura fazer. É importante também abrir o espaço para a contribuição individual.

As pessoas também têm de ter o direito de opinar individualmente.

Então precisamos colocar o voto pela internet e urnas nos bairros”