(Foto: Clemilson Campos/JC Imagem) O candidato a prefeito do Recife, Daniel Coelho (PSDB) comentou, em entrevista concedida ao Blog de Jamildo e ao Jornal do Commercio, sobre o cenário da oposição no Recife.

Raul Hery (PMDB), no apagar das luzes, migrou para o bloco da situação.

E Mendonça Filho (DEM), “preferiu se candidatar”, de acordo com Daniel, “sozinho”.

Desde o fim de 2011 os líderes do bloco oposicionista do Recife, Raul Jungmann (PPS), Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB) e Daniel Coelho (PSDB) tinham encontros esporádicos na chamada “Mesa da Unidade”.

Apesar do nome, Daniel diz que não é possível considerar os integrantes como uma unidade e que eles precisam respeitar os posicionamentos dos demais. “Eu sempre disse que não podemos considerar os quatro partidos de oposição como uma coisa só.

Cada partido tem suas metas, suas ideias e vai querer seu próprio crescimento como instituição.

Dentro desse projeto nós buscamos uma unidade.

E a nossa candidatura foi a que agregou.

Tínhamos quatro pré-candidaturas, das quais duas se juntaram - a nossa (PSDB) com o PPS.

Um dos partidos (PMDB) preferiu migrar para o Governo e o Mendonça (DEM) decidiu ser candidato sozinho.” “Acho que a gente tem de respeitar.

Você não pode querer impor a um terceiro partido a sua vontade.

Respeito a decisão do Democratas.

Tenho a minha opinião e acho que precisamos renovar, precisamos de um novo formato de se apresentar ao eleitor.

E conseguimos convencer o PPS. É seguir em frente.

Quando estamos construindo algo novo não podemos estar preocupados com o que os outros estão pensando, ou nunca vamos conseguir quebrar barreira, quebrar os paradigmas.

Conseguimos unidade entre dois dos quatro partidos, o que eu acho que já foi uma vitória.” Sobre a decisão do PMDB, maior partido de oposição em Pernambuco e que tem o maior líder do bloco, o senador e ex-governador Jarbas Vasconcelos, de ter migrado para o bloco governista, unindo-se ao PSB de Eduardo Campos, o candidato tucano Daniel Coelho preferiu não emitir juízo de valor, apesar de deixar claro que discorda do posicionamento da sigla. “Respeito a decisão do PMDB.

Não posso opinar sobre o que fazem eles, só sobre o que o meu partido faz.

E sempre fui a favor do PSDB manter sua independência, no campo da oposição, sem radicalismo, apoiando o governo do Estado quando ele estiver certo e criticando quando estiver errado.

Não tenho o que opinar em relação ao PMDB.

Discordo do posicionamento deles, mas respeito.” “O que sempre senti na mesa da unidade é que somos quatro partidos e que precisamos respeitar cada partido de cada candidato.

Não cabia alí a imposição. Às vezes nos perguntavam sobre a decisão que a Mesa iria tomar, mas não existe “A Mesa” quando você tem quatro iguais.

Não somos um partido só, somos quatro.

Mesmo que três tomassem uma única decisão, se o quarto não concordasse, precisaríamos respeitar.

Até por isso nunca abordei outro candidato pedindo para me apoiar.

Quando o PPS decidiu pelo nosso apoio, nunca foi por pressão nossa.” Jungmann - Idealizador da Mesa da Unidade e um dos principais líderes da oposição em Pernambuco, o ex-ministro e ex-deputado federal Raul Jungann (PPS) abriu mão de sua candiadtura para apoiar Daniel Coelho (PSDB), colocando a vice na chapa do tucano: Débora Albuquerque, presidente Estadual do PPS.

Já Raul Jungmann ainda não se definiu se atuará nos bastidores da campanha de Daniel Coelho ou se irá se lançar para vereador. “A candidatura de Raul é boa para o Recife e boa para a Câmara”, opinou Daniel. “Ele foi ministro, deputado federal muito atuante.

Ele vai ter um papel importante no nosso governo, seja como vereador ou seja de outra forma, na campanha, contribuindo com ideias.

O que ele achar melhor para ele e para o PPS, vamos respeitar. É uma decisão que cabe a Raul.