Caprichando no eufemismo, o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), candidato a prefeito do Recife, confirmou que em seu curto guia eleitoral de quatro minutos ele deve, sim, criticar práticas políticas dos demais postulantes ao executivo municipal. “Não vamos fazer ataques pessoais”, amenizou. “Mas não vejo nada de mal em contestar certas préticas políticas que consideramos equivocadas.

A campanha, quando for se aprofundando, a população vai fazer uma avaliação sobre a legitimidade dos discursos, das promessas.

Tive aí umas duas ideias apropriadas por outras candidaturas.

Isso mostra que estamos no caminho certo.” “O nosso tempo (de tv e rádio) será utilizado para propostas.

Mas o nosso questionamento, quando houver, vai ser político.” Novamente Daniel Contestou a legitimidade das candidaturas do PT (Humberto Costa, que apoiou retirada da candidatura do atual prefeito João da Costa) e do PSB (Geraldo Julio, cujo partido ainda está na atual administração municipal, tendo inclusive o vice prefeito). “Eu estou no poder há 12 anos e de repente surjo com um discurso de ser “o novo”, afirmando novas práticas.

O que é que mudou?

Não estou pessoalmente convencido de que esse discurso seja legítimo.” Reafirmando a legitimidade do seu discurso e contestando os discursos do PSB e do PT, Daiel Coelho falou de como o seu perfil “verde” está se encaixando na nova sigla (PSDB). “Sou absolutamente o mesmo após a saída do PV.

Meu programa de governo mostra isso.

No PSDB tenho o pensamento de sair do campo teórico para colocar essas ideias em prática.

E as ideias têm sido bem recebidas.” “Estamos propondo uma nova política e vai ser bom para o PSDB.

Vamos ter grande crescimento nessas eleições.

Voltamos a ter debates internos, estamos inseridos nas comunidades, reativamos a militância do PSDB - e de baixo para cima.

O povo está opinando.

Não é algo que vem de cima.

E tudo isso tem sido bem recebido.

A cor da campanha (verde) foi bem recebida”, pontuou Daniel.

Marina Silva - Qustionado sobre uma possível presença da ex-ministra Marina Silva (ex-PV), ícone na defesa da causa ambiental no Brasil, Daniel disse que não quer aparecer na campanha como indicação de"caciques", como está acontecendo com Geraldo Julio (do PSB, apadrinhado de Eduardo) e Humberto Costa (do PT, apadrinhado por Lula e Dilma). “Defendemos as mesmas coisas.

Mas eu não gostaria de ser apresentado como candidato do cacique A, B ou C, mas sim de uma caniddatura do povo.

Quando você se compromete com cacique, acaba governando para o cacique.”